O deputado federal José de Filippi Júnior (PT) assumiu pela primeira vez cadeira no Congresso neste ano. Na Câmara, apresentou dois projetos de lei: um que dispõe sobre a proibição de madeira da flora nativa na fabricação de postes e cruzetas para eletrificação rural; outra trata da ampliação até 2016, do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação para as creches conveniadas que atendem crianças de 4 e 5 anos.

"Esse é um projeto importante porque as prefeituras não tiveram condições, nos últimos anos, de construir novos prédios nem reformar as unidades existentes para atender esta demanda", explica o parlamentar.

Segundo Filippi, a matéria está nas mãos da relatora a deputada Rosane Ferreira (PV-PR), integrante da Comissão de Educação da Câmara, e deve ser votado após o recesso parlamentar.

O deputado considera que seu primeiro ano em Brasília foi de aprendizado e observação. "É muito diferente do cotidiano do Executivo e acredito ser fundamental, no meu caso, observar para contribuir de forma mais efetiva

O ano do ex-prefeito de Diadema também foi marcado por especulações sobre possível ida à Explanada dos Ministérios. Desde que chegou a Brasília, o deputado federal tem o nome ventilado para integrar o primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff (PT). Tesoureiro da campanha rumo ao Planalto em 2010, o petista é cotado, agora, para assumir o lugar de Mário Negromonte (PP) na Pasta de Cidades.

Para o deputado, qualquer decisão nesse sentido compete a Dilma. "Eu costumo dizer que estou preparado para contribuir com o governo como deputado. É claro que vivemos em um sistema presidencialista e a escolha dos ministros compete à presidente. Irei apoiar a decisão dela."

Ao mesmo tempo em que é alvo de especulações, Filippi se envolveu em questão polêmica em 2011, ao manifestar apoio à marcha da maconha. Ele foi o único deputado do Grande ABC que se mostrou favorável ao ato.

O petista declara que é favorável a debater a questão das drogas no Brasil. "O que apoio e defendo é o livre direito à liberdade de expressão. Isso não significa que eu apoie a legalização das drogas, pelo contrário", alegou o petista.

ELEIÇÃO 2012
Prefeito de Diadema por três mandatos, Filippi pretende acompanhar o processo eleitoral local, em que o seu sucessor e correligionário Mário Reali buscará a reeleição. Ele pretende conciliar a agenda de parlamentar com a articulação política. "Nos sábados e domingos e nos dias em que puder, estarei presente como militante político ouvindo e dialogando com o povo."