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Brasileiro guarda pouco dinheiro para aposentadoria

Quem está próximo de sair da ativa tem, em média, recursos poupados que vão durar menos de um ano, diz estudo

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/02/2015 | 07:27
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Divulgação


Os brasileiros que estão próximos de se aposentar, em geral, ainda não conseguiram poupar o suficiente para passar com tranquilidade a velhice. É o que aponta estudo realizado pela BlackRock, empresa que dá orientações sobre investimentos para consumidores, instituições e profissionais financeiros.

Em todo o País, de acordo com a pesquisa, a quantia total economizada pelos pré-aposentados (com idades entre 55 e 64 anos) não daria nem para um ano de aposentadoria. Mais especificamente, esse público guardou média de apenas R$ 6.250, mas a estimativa da empresa é de que precisariam de renda anual de R$ 67 mil, ou seja, mais de dez vezes acima desse valor.

Os principais fatores que dificultaram suas economias, de acordo com os entrevistados foi, em primeiro lugar, o custo de vida (47%), seguido pela renda insuficiente (36%), por despesas não planejadas (29%) e pela alta dívida no cartão de crédito (21%).

Quando questionados sobre o que recomendariam a si mesmos se fossem mais novos, os brasileiros pré-aposentados disseram que teriam começado a poupar mais cedo (38%), gastado menos (47%), priorizado a aposentadoria em vez de outras coisas e quitado suas dívidas mais cedo (26%).

A pesquisa aponta ainda que 49% afirmam que a prioridade financeira é economizar, aumentar o patrimônio (47%) e investir para ter uma vida tranquila na velhice (44%).

O aumento da longevidade – de acordo com os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida ao nascer atingiu 71,2 anos para o homem e 74,8 para a mulher em 2014 – torna ainda mais necessário o planejamento para garantir a segurança financeira no futuro, avaliam os especialistas da BlackRock.

CONFIANÇA - Apesar dos problemas, o brasileiro é um otimista em relação a seu futuro financeiro e suas decisões de poupança, segundo o estudo. Entre os entrevistados no País, 77% mostram confiança, enquanto, nos outros países, em média, esse percentual cai para 56%. A geração Y (de 25 a 36 anos) e os que contam com consultoria são os que têm maior otimismo (respectivamente 82% e 91%).

E o estudo aponta, ainda, que quase metade dos pesquisados afirma investir ou economizar cerca de 50% de sua renda mensal. No entanto, 64% apostam em ativos de alta liquidez (investimentos que podem ser rapidamente resgatados sem grande influência no preço, por exemplo, a caderneta de poupança), seguidos de imóveis (11%), títulos (7%) e ações (4%). A escolha de onde investir, segundo os entrevistados, reflete cautela (38%) e segurança – ou seja, menor risco de perdas – (41%).

Outro dado da pesquisa é que a população do Brasil apresenta interesse em conhecer mais sobre investimentos. Dos entrevistados brasileiros, 72% afirmam disposição em aprender em relação ao assunto. É mais do que na Ásia (65%) e Europa (39%).
 




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