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Líderes russo, francês e alemão acreditam em acordo sobre clima
Da AFP
03/07/2005 | 15:13
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Os dirigentes russo Vladimir Putin, francês Jacques Chirac e alemão Gerhard Schroeder se declararam neste domingo otimistas quanto à possibilidade de se chegar a um acordo sobre a mudança climática na reunião do G8, durante um encontro realizado em Kaliningrad, na Rússia, onde também se tratou do caso nuclear iraniano.

Único elemento concreto que saiu deste encontro destinado principalmente a mostrar o inabalável entendimento entre os três líderes, Chirac anunciou que a conclusão de um acordo sobre a mudança climática será possível durante a reunião do G8 (Grupo dos oito países mais ricos e Rússia) em Gleneagles, na Escócia, que começa na próxima quarta-feira.

"Tivemos discussões difíceis, mas parece que estamos nos orientando na direção de um acordo", afirmou Chirac em entrevista coletiva ao término do encontro. Ao contrário, nenhuma informação filtrou sobre as discussões relativas ao Irã, em um contexto de preocupação internacional provocada pela eleição do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad. O presidente francês se limitou a frisar o "papel ativo" da Rússia na evolução do país, que declarou "esperar que seja pacífica” ·

Além do Irã, estava na pauta dos três dirigentes a situação na Ásia central, principalmente no Uzbequistão, onde uma manifestação foi reprimida de forma sangrenta no fim do mês de maio.

Já França e Alemanha integram com a Grã-Bretanha o grupo dos três países da UE (União Européia) que negociam com o Irã o fim de suas atividades de enriquecimento de urânio. "Aprovamos a política da Rússia em relação ao Irã", afirmou Chirac.

Sobre os demais assuntos pendentes, como a reafirmação de sua oposição à guerra no Iraque e a atribuição à Alemanha de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) , os três dirigentes mantiveram um consenso cordial.

"A parceria entre Rússia e UE existe, independentemente da crise pela qual está passando atualmente a União", garantiu o chanceler alemão, enquanto Chirac qualificava as relações Rússia-UE de "elemento essencial do equilíbrio mundial".

Chirac e Schroeder não comentaram as críticas de Putin contra a Estônia, novo integrante da UE. O presidente russo qualificou de "absolutamente inaceitável" o texto ratificado pelo Parlamento estoniano sobre sua fronteira com a Rússia.



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