O presidente lembrou que, no final do ano passado, “tudo indicava que o Brasil iria quebrar”, citando os índices de inflação, cotação do dólar, risco-país e C-Bond. Ele explicou que o governo teve que fazer então um controle rígido das contas públicas e manter os juros elevados, além de outras medidas impopulares. “Foram decisões amargas, mas tomadas de forma consciente”, disse.

Em seguida, Lula detalhou o atual cenário econômico e disse que “a sociedade compreendeu que o governo tomou as decisões mais seguras e resistiu à tentação de promover uma bolha de crescimento que não se sustentaria”. “Reconquistamos a confiança em nossa economia e na capacidade de crescimento do país”, disse.

No cenário político, Lula voltou a elogiar o Congresso Nacional pela aprovação das reformas da Previdência e tributária, afirmando que os senadores e deputados “fizeram em sete meses algo que em poucos momentos da história já foi feito”. Ele frisou ainda a importância do trabalho da oposição. “Poucas vezes todos trabalharam com tanta dedicação para fazer o melhor”.

Lula também disse que a política adotada pelo governo foi a do diálogo, tanto com a oposição como com todos os setores da sociedade. O presidente também brincou com a imprensa, em referência às declarações polêmicas que fez durante o ano, afirmando aos presentes que “se falarmos menos e falarmos apenas o necessário, ganharemos muito mais”. “A imprensa é como coração de mãe: por mais que a gente brigue com ela, precisamos dela”.

A solenidade contou com parlamentares, governadores, prefeitos, sindicalistas, empresários e representantes de organizações não-governamentais. Também foi exibido um vídeo com os principais programas do governo, como o Fome Zero, e Lula lançou uma revista de 50 páginas que abordará temas como o "novo modelo de desenvolvimento".

À noite, Lula participará de uma confraternização de fim de ano com os funcionários da Presidência da República. Depois, ele segue para churrasco com os parlamentares petistas na Granja do Torto.