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Médicos do Grande ABC realizam manifestação
Do Diário OnLine
Com Diário do Grande ABC
07/04/2004 | 10:14
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Médicos do Grande ABC realizam na manhã desta quarta-feira uma manifestação na altura do quilômetro 16 da rodovia Anchieta, em São Bernardo. Eles reivindicam o aumento do valor pago pelos convênios médicos pelas consultas.

Os médicos realizaram uma passeata da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, até a rodovia Anchieta. O Departamento de Trânsito de São Bernardo acompanha a manifestação e orienta os motoristas. Eles devem retornar à Faculdade de Medicina em passeata, ainda na manhã desta quarta-feira.

Greve — Os médicos e hospitais da região vão interromper o atendimento aos usuários de planos de saúde. A paralisação, de 24 horas, deverá atingir pelo menos 15 hospitais particulares e filantrópicos e grande parte dos 3,5 mil médicos que trabalham na região. Só não devem ser interrompidos os atendimentos em casos de emergência.

Uma das reivindicações das APMs (Associações Paulistas de Medicina) do Grande ABC é para que os convênios adotem a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), que é uma tabela de referência de pagamentos elaborada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP e pela AMB (Associação Médica Brasileira) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina. A adoção da CBHPM elevaria o valor mínimo pago pelos planos de saúde por consulta, que atualmente gira em média em R$ 20, para R$ 42.

Segundo o presidente da APM regional São Bernardo e Diadema, Romildo Gerbelli, desde 1994 a categoria não tem aumento nesses valores e há casos em que o convênio repassa apenas R$ 9,5. “Estamos mais de 300% defasados e os planos não deixaram de reajustar (para os usuários) no período.” Ele acrescentou que do valor recebido há ainda despesas de consultório e tributos. “Com isso, sobra de 20% a 30% do valor pago.”

Gerbelli explicou que, além da recomposição das perdas, o estudo feito pela Fipe define uma hierarquia de remuneração para os procedimentos médicos, de acordo com sua complexidade e tempo despendido. No entanto, segundo ele, os convênios ignoraram a proposta. “Todas as tentativas de negociação anteriores foram em vão, estamos sendo obrigados a seguir esse caminho.”




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