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Venezuelanos escolhem presidente
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
02/12/2006 | 17:16
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Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para escolher o novo comandante do país. O franco favorito é o atual governante, o esquerdista Hugo Chávez, há oito anos no poder, e que conta com uma ampla vantagem contra seu adversário Manuel Rosales. O clima no país é de tensão e nervosismo devido a rumores alarmistas e temores de violência.

Chávez denuncia há semanas que grupos extremistas poderão promover atos de violência no país, com o objetivo de desestabilizar o processo eleitoral. Na última quinta-feira, o polêmico presidente chegou a dizer que desarticulou uma tentativa de atentado contra seu adversário. As ameaças de ataques fizeram com que a população lotasse os supermercados para estocar alimentos.

O pleito presidencial na Venezuela é acompanhado com muito interesse pelos Estados Unidos. A perspectiva de uma reeleição de Hugo Chávez não agrada aos americanos, que desejam uma redução da influência do venezuelano na América Latina. Chávez aparece cada vez mais como um ícone revolucionário disposto a defender os países do continente contra os males do imperialismo.

Hugo Chávez foi eleito presidente pela primeira vez em 1998 e conseguiu se reeleger em 2000, após a aprovação de uma nova Constituição. Se sair vitorioso das urnas no domingo, governará até 2013, mandato no qual aprofundará seu projeto socialista. O governante também já deu a entender que irá articular um referendo para aprovar a reeleição indefinitivamente no país.

Seu adversário Manuel Rosales, que não conta com o carisma de seu adversário, começou sua carreira política como vereador em 1979 e, em 1983, foi deputado na Assembléia Legislativa estadual. Em 1995, foi eleito prefeito da cidade petroleira de Maracaibo. Em 2000, Rosales conquistou o governo de Zulia, conseguindo a reeleição em 2004.

As últimas pesquisas publicadas na Venezuela dão a Chávez pelo menos 20 pontos de vantagem sobre Rosales. Quatorze candidatos concorrem neste pleito. De acordo com especialistas, a abstenção pode oscilar de 30% a 40% do total de inscritos. (com agências)




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