O ministro de Segurança Pública, Shlomo Bem-Amí prometeu fazer um discurso conciliatório durante a visita papal, confirmada na semana passada pelo Vaticano e que incluirá passagens por Jerusalém.

``Este é o ápice de um longo processo de reencontro entre judeus e crista', disse Ben-Amí aos jornalistas em Jerusalém. ``Consideramos este momento um grande desafio na história do país'. Funcionários de Israel e o Vaticano estao mantendo contato nos últimos meses para preparar os detalhes da visita, informou Ben-Amí.

As relaçoes entre Vaticano e o povo judeu foram historicamente tensas, mas que melhorou muito durante o papado de Joao Paulo II, especialmente com o estabelecimento de relaçoes diplomáticas em 1994.

Ambas as partes vem se enfrentando com acusaçoes de anti-semitismo católico, e o respaldo do Vaticano aos reclames palestinos de estabelecer sua capital na zona oriental de Jerusalém e as críticas israelenses pelo papel que desempenhou o papa Pio XII durante a segunda guerra mundial.

A visita do Papa a Jerusalém, a primeira de um pontífice desde que Israel recuperou a zona oriental da cidade durante a guerra de 1967, é considerada um passo a mais para a reconciliaçao. Ben-Amí disse que Israel tomou todas as medidas para garantir a segurança de três milhoes de turistas que seguramente visitarao a cidade em 2000, entre ele milhares de peregrinos que acompanharao o papa.

Israel contratou 400 agentes a parte antiga de Jerusalém e delimitará outras medidas tecnológicas para reforçar a segurança da zona. Ben-Amí acrescentou que garantirá a segurança dos peregrinos que irao à Igreja do Santo Sepulcro, inclusive os diferentes grupos cristaos que discutem a criaçao de uma saída de emergência.

Disse ainda que Israel terá que limitar o número de peregrinos que entrarao na igreja, onde segundo a tradiçao foi enterrado Jesus.