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Montadoras se queixam a Lula dos custos de produção
13/10/2004 | 23:27
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Os principais executivos das três maiores montadoras do país - Volkswagen, General Motors e Fiat - e o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Rogelio Golfarb, reuniram-se nesta quarta-feira, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na agenda oficial estava o convite para a cerimônia de abertura do Salão Internacional do Automóvel, que será realizado em São Paulo. Mas os pesos pesados da indústria automotiva aproveitaram para sondar o presidente sobre um novo pacote de ajuda ao setor, que está em fase de conclusão.

Mesmo com a produção perto de bater recorde este ano, com 2,1 milhões de veículos, as montadoras reclamam que o alto custo do financiamento, a carga tributária e o preço do aço ainda são os principais entraves à expansão das vendas de automóveis no país. A Anfavea prepara, há vários meses, um pacote com sugestões de um programa especial de financiamento com prestações baixas e redução de impostos. Na fórmula sugerida, dizem os executivos, não haverá queda de arrecadação.

A visita dos executivos a Lula estava prevista para julho, mas foi cancelada várias vezes por problemas na agenda do presidente. Agora, com o objetivo de oficializar o convite para a abertura do Salão do Automóvel, no dia 20, eles conseguiram conversar com o presidente - que já havia confirmado presença - e com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Participaram os presidentes da Volkswagen, Hans-Christian Maergner; da General Motors, Ray Young; e da Fiat, Cledorvino Belini.

Segundo Golfarb, o setor espera crescer este ano 15% em relação a 2003, mas influenciado pelas exportações. "Para o mercado interno há uma estimativa de crescimento de 7,8%, que ainda não é uma certeza." Ele disse também que o crescimento das vendas está longe do ideal. Estão previstas para o mercado interno cerca de 1,5 milhão de unidades, ainda abaixo do 1,94 milhão vendidos em 1997, o melhor ano em produção para o setor, com 2,069 milhões de unidades.

As exportações, que devem somar US$ 7,5 bilhões, terão aumento de 36% em relação a 2003. "No entanto, para fomentar esse crescimento é fundamental baratear o financiamento", disse Golfarb, que não comentou a proposta que a Anfavea está preparando para levar futuramente ao governo.

Vitrine - Segundo Golfarb, o Salão do Automóvel "é uma vitrine internacional para o setor". Para o coquetel de abertura serão vendidos convites e a renda será revertida a projetos sociais. "Queremos criar uma noite ligada à responsabilidade social das empresas."




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