O papa Joao Paulo II, sentado diante do enorme mural de Miguel Angelo, o Juizo Final, esteve neste sábado à frente das cerimônias que marcaram o fim das obras de restauraçao da Capela Sistina, depois de duas décadas de minuciosos trabalhos. "Unidos à nossa alegria, há fiéis de todas as partes do mundo, para quem este lugar é querido nao apenas pelas obras de arte que salvaguarda como também pelo papel que desempenha na vida da Igreja", declarou o pontífice diante de numerosos cardeais e dos promotores das obras de restauraçao, muitos deles americanos que sustentaram a fase final da restauraçao, avaliada em U$ 3 milhoes.

"Aqui, na realidade, é realizada - e isso eu lembro com emoçao - a eleiçao do sucessor de Sao Pedro", disse Joao Paulo II, que era bispo do povoado polonês da Cracóvia quando foi eleito papa em 1978.

Depois de olhar bem as cores vivas das pinturas de Miguel Angelo restauradas no alto da Capela Sistina, o Papa disse que essas obras foram ``perfeitamente' renovadas.

Outras pinturas restauradas na Capela Sistina sao de autoria de artistas do Renascimento como El Perugino, Botticelli, Ghirlandaio e Cósimo Rosselli.

Joao Paulo elogiou a "grandeza" da obra de Miguel Angel, mas também recordou aos presentes que " os olhos sao convidados a observar o mais humilde mas ainda significativo`` ciclo de murais laterais, encarregados pelo papa Sisto IV.

Joao Paulo II, 79 anos, concluiu a cerimônia de 45 minutos oferecendo sua bençao aos especialistas que participaram das tarefas de restauraçao e aos "incontáveis visitantes que vêm constantemente de todas as partes da Terra para admirar estas obras mestras".

Posteriormente foram presenteados todos os doadores de recursos para a restauraçao de forma individual.