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Israel liberta 13 prisioneiros libaneses
Do Diário do Grande ABC
19/04/2000 | 13:53
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Israel libertou, nesta quarta-feira, 13 prisioneiros libaneses, que mantinha há mais de 10 anos como instrumentos de negociaçao, para tentar conseguir a devoluçao de um piloto israelense desaparecido.

A libertaçao culminou uma semana de intensos debates em Israel sobre os meios que justificam a devoluçao de soldados desaparecidos em combate e se é preciso traçar limites ao que grupos de defesa dos direitos humanos consideram retençao de reféns.

O primeiro-ministro libanês, Salim Hoss, saudou a libertaçao dos prisioneiros e denunciou o Estado hebreu por negar-se a libertar os presos que ainda estao sob seu poder arbitrariamente. ``Estamos satisfeitos com o fim do sofrimento de 13 libaneses e sua volta ao lar após uma longa ausência, durante a qual foram submetidos a todo tipo de repressao, injustiça e tortura física e psicológica', disse Hoss.

``Temos que denunciar a resistência de Israel em libertar o xeque Abdel Karim Obeid, Mustafá Dirani, e outros libaneses que tem em seu poder', acrescentou o premiê, em um comunicado distribuído aos jornalistas.

``Convocamos a comunidade internacional a pressionar Israel para que os liberte (...) e reiteramos nossa decisao de continuar batalhando junto às organizaçoes internacionais para conseguir a libertaçao e pôr fim ao sofrimento nas prisoes israelenses', informou Hoss.

A família do desaparecido piloto Ron Arad fez, nesta quarta-feira, um apelo ante a Suprema Corte em uma última tentativa de impedir a libertaçao. A mae de Arad, Batya, implorou aos juízes que nao abandonassem seu filho, preso há 4.969 dias.

O titular da Suprema Corte, Aharon Barak, respondeu que embora o Supremo estivesse solidário com ela tinha a obrigaçao de respeitar a lei. O governo está fazendo tudo para resgatar os soldados desaparecidos, mas isso deve ser feito conforme a lei, acrescentou.

Depois da decisao judicial, os prisioneiros, algemados e com os olhos vendados, foram levados de uma base do Exército para a Entrada de Fátima, uma passagem na fronteira de Israel com o Líbano, onde foram postos em um ônibus do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A transferência formal dos presos seria em um posto de controle do Exército libanês em Kfar Tibnit, um povoado no norte do setor ocupado por Israel no Sul do Líbano.

Os 13 prisioneiros foram apanhados, a partir de 1986, em batidas contra simpatizantes das guerrilhas e alguns eram adolescentes.

O piloto Arad foi capturado pelas guerrilhas libanesas que derrubaram seu aviao em 1986 e muitos acreditam que ainda está vivo.




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