Peças que pertencem ao patrimônio arqueológico ou representam a arte contemporânea da Líbia podem ser conferidas na mostra itinerante "O Deserto Não é Silente", que abre visitação hoje, no Museu Afro Brasil, em São Paulo, com entrada franca.

Depois de circular por nações como Japão, França e Itália, a exposição chega ao Brasil. Além de 28 trabalhos arqueológicos greco-romanos e islâmicos na forma de esculturas e mosaicos, o público tem acesso a 51 pinturas, produzidas por três artistas. São eles Saif El Islam El Gaddafi (filho do presidente líbio Muammar El Gaddafi), Fazi Swei e Salaheddine Shagroun.

As imagens, na maioria feitas a óleo, são figurativas e abstratas. Todas as telas têm como tema central o deserto - que representa, de acordo com o tratamento, um lugar de passagem, uma fonte de vida, uma memória ou até um apelo.

Caracterizado pela espontaneidade, o artista Saif El-Islam utiliza técnicas mistas como óleo e colagens sobre suportes tradicionais. Em alguns trabalhos, coloca a imagem do pai, ao qual dedica um retrato, intitulado "El Líder" (1955). Em todas as obras, há também sinais de revolução e desastre.

Por meio da exposição, os visitantes conhecem a variedade e a riqueza do passado da Líbia, país de grande extensão territorial, localizado no Norte da África.

O Deserto Não é Silente Exposição. De terça-feira a domingo, das 10h às 17h. No Museu Afro Brasil (Parque do Ibirapuera) - Avenida Pedro Álvares Cabral, São Paulo. Tel.: 5579-0593. Entrada franca. Até 18 de abril.