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Muricy prepara o 'CamAzulão' para bater o favorito Santos
Do Diário OnLine
24/03/2004 | 17:28
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O técnico do São Caetano, Muricy Ramalho, gostou da moda lançada por Carlos Alberto Parreira na Seleção e absorveu a filosofia do 'time camaleão'. Adepto do 4-4-2, Muricy testou o 3-5-2 de Tite e conseguiu os bons resultados que faltaram ao técnico gaúcho à frente do Azulão. Agora, na semifinal do Campeonato Paulista, diante do Santos, Muricy já pensa em como implantar outro 'nó tático' para derrubar o favorito.

Satisfeito com o desempenho do São Caetano, que tem de conciliar o Campeonato Paulista com a Copa Libertadores da América, Muricy aponta que seu rápido entrosamento com a equipe se deve, em grande parte, ao trabalho desenvolvido por outros técnicos que passaram pelo clube. Muricy destaca que as influências de Mário Sérgio, Nelsinho Baptista e Tite deixaram o São Caetano com "cultura tática".

O técnico do Azulão frisa ainda que a qualidade do elenco é fundamental para dar ao time um aspecto de 'camaleão'. Por exemplo: o elevado nível técnico dos zagueiros, laterais e volantes permite que ele alterne o time entre o 4-4-2 e o 3-5-2 sem qualquer prejuízo ao conjunto. Nomes como Dininho, Serginho, Anderson Lima, Zé Carlos, Mineiro e Marcelo Mattos viraram a essência do 'CamAzulão'.

"Não gosto de esquema pronto. Gosto de jogadores que atuam em vários esquemas", confirma Muricy Ramalho. "Temos elenco para isso."

Na vitória contra o São Paulo, nas quartas-de-final, Muricy aplicou um 'nó tático' no colega Cuca ao segurar os avanços dos dois laterais (Cicinho e Fábio Santos), marcar o principal armador (Souza, depois Marquinhos) e obrigar o adversário a afunilar as jogadas de ataque pelo meio – setor em que a defesa do Azulão prima pela solidez. Para completar, a aposta nas jogadas ensaiadas de bola parada rendeu dois gols 'iguais' de escanteio: Anderson Lima cobrou no primeiro pau e Fabrício Carvalho finalizou.

No domingo, contra o São Paulo, a fórmula foi perfeita. E contra o Santos, pela semifinal do Campeonato Paulista, o esquema não deve mudar muito. Muricy não esconde de ninguém que considera o Peixe como "o melhor time do país". Assim, a união de forte marcação com inteligência nos contra-ataques deve ser repetida.

"Para ganhar de equipes como São Paulo e Santos é preciso diminuir os espaços. E nós fazemos isso, pois somos muito fortes pelo meio", constata Muricy.

Só uma coisa tira o bom astral de Muricy hoje: a acusação de que a equipe é violenta. "Nenhum jogador do São Paulo saiu machucado no domingo. Não podem ficar falando (que o São Caetano é violento) porque isso pode influenciar a arbitragem para os jogos contra o Santos."




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