As lembranças de Greg Heffley em seu diário fazem a gente gargalhar e, às vezes, pensar que a fase de mudança da infância para a adolescência é mesmo uma tragédia. Aguentar as provocações dos irmãos Rodrick e Manny, as exigências do colégio e dos pais e as maldades dos alunos mais velhos parecem tarefa quase impossível.

Mas não é bem assim. Os micos, que o protagonista de Diário de um Banana sempre paga, acontecem mesmo na vida real. Você deve ter histórias parecidas, não? Entretanto, saiba que isso é normal, da mesma forma que sentir vergonha e medo na hora de apresentar um trabalho na classe ou conversar com a pessoa da qual gostamos em segredo.

Desde pequeno, a gente precisa lidar com situações difíceis e obstáculos - comuns na escola - para então aprender a superá-los. Faz parte do treino para a vida de adulto, pois no futuro aparecerão problemas mais sérios para resolver. Mas fique tranquilo: o que no início tem jeito de desastre, como no caso de Greg, logo passa e pode até virar recordação engraçada.

E quem nunca se meteu em uma confusão? Ela também faz parte da aprendizagem. É lógico que brigar tem limite. Discutir é muito diferente de bater, xingar e gritar. A discussão serve para defender sua opinião e dizer por que você não concorda com algo. Depois esses momentos complicados podem servir para refletir sobre o que aconteceu e até para perceber se estava certo ou errado. Quem já leu Diário de um Banana sabe que Greg sempre reflete e tira boa lição de algo ruim que fez.

Assim como os adultos não devem fazer sua tarefa de casa, também não podem resolver todos os probleminhas que tiver com os amigos, por exemplo. Você é esperto o suficiente para encontrar sozinho a solução.

Escutar a palavra não, ficar triste e chorar de vez em quando também fazem parte da vida. Não significa que está doente, com a tal depressão. Ter um montão de sentimentos - bons e até os que não gostamos - ajuda no nosso desenvolvimento.