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Sindicato critica estatização de vagas em faculdades privadas
Do Diário OnLine
17/02/2004 | 15:31
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O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) enviou um ofício ao ministro da Educação, Tarso Genro, para contestar a idéia de criar vagas públicas em instituições privadas de ensino superior.

No documento, o presidente do sindicato, Luiz Antonio Barbagli, diz que o governo deveria investir na área pública ao invés de criar tais vagas nas universidades particulares.

Leia o ofício enviado ao ministro Tarso Genro:

Exmo. Sr.
Ministro da Educação
Sr. Tarso Genro

Excelentíssimo Sr. Ministro,

O Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPRO-SP) vem acompanhando com preocupação as declarações de V.Exa. segundo as quais o governo federal estaria disposto a trocar os benefícios da isenção fiscal de instituições universitárias por vagas destinadas a estudantes carentes ou incluídos no sistema de cotas. Na opinião da diretoria desta entidade, a iniciativa vem premiar um dos setores que mais têm prejudicado o desenvolvimento do ensino e da pesquisa no Brasil, como é possível atestar pelos sistemáticos resultados medíocres que têm apresentado nas avaliações feitas pelo próprio MEC.

Por outro lado, excelentíssimo senhor ministro, parece-nos que, com a proposta apresentada, consolida-se a política de privatização da universidade brasileira, tão criticada nos últimos dez anos, e que tem feito nossa sociedade perder o controle sobre um setor de importância estratégica para o desenvolvimento nacional, a par das precárias relações de trabalho com seus docentes e dos baixos salários que lhes são pagos.

Essas são as razões pelas quais venho à sua presença sugerir que, antes de implementar as medidas anunciadas pelo MEC, V.Exa. ouça o que têm a dizer sobre o ensino superior privado os próprios professores, que continuam sendo os agentes fundamentais do processo educacional.

Atenciosamente,

Prof. Luiz Antonio Barbagli
Presidente




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