No documento, o presidente do sindicato, Luiz Antonio Barbagli, diz que o governo deveria investir na área pública ao invés de criar tais vagas nas universidades particulares.
Leia o ofício enviado ao ministro Tarso Genro:
Exmo. Sr.
Excelentíssimo Sr. Ministro,
O Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPRO-SP) vem acompanhando com preocupação as declarações de V.Exa. segundo as quais o governo federal estaria disposto a trocar os benefícios da isenção fiscal de instituições universitárias por vagas destinadas a estudantes carentes ou incluídos no sistema de cotas. Na opinião da diretoria desta entidade, a iniciativa vem premiar um dos setores que mais têm prejudicado o desenvolvimento do ensino e da pesquisa no Brasil, como é possível atestar pelos sistemáticos resultados medíocres que têm apresentado nas avaliações feitas pelo próprio MEC.
Por outro lado, excelentíssimo senhor ministro, parece-nos que, com a proposta apresentada, consolida-se a política de privatização da universidade brasileira, tão criticada nos últimos dez anos, e que tem feito nossa sociedade perder o controle sobre um setor de importância estratégica para o desenvolvimento nacional, a par das precárias relações de trabalho com seus docentes e dos baixos salários que lhes são pagos.
Essas são as razões pelas quais venho à sua presença sugerir que, antes de implementar as medidas anunciadas pelo MEC, V.Exa. ouça o que têm a dizer sobre o ensino superior privado os próprios professores, que continuam sendo os agentes fundamentais do processo educacional.
Atenciosamente,
Prof. Luiz Antonio Barbagli
Ministro da Educação
Sr. Tarso Genro
Presidente
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