Em troca, deixarao de invadir lojas e residências do centro da cidade, que, segundo os caciques e feiticeiros, estao nas terras de seus antepassados. É uma faixa de fronteira com o Paraguai que mede 25 mil hectares. O conflito existe devido à crença dos índios de que essa área, que eles chamam de Morro Marankatu, será uma nova e grande naçao indígena. A luta por essa terra prometida começou há pelo menos 35 anos, quando surgiu o líder guarani Marçal de Souza, assassinado em 83 na Aldeia Campestre, onde morava, por ter sido o principal articulador na reconquista das terras indígenas.
Caciques de tribos do Paraguai estao dando apoio aos índios de Antonio Joao, colocando guerreiros à disposiçao dos invasores da Fazenda Fronteira, para evitar que pessoas estranhas entrem no acampamento que montaram, logo após fechar o acordo com várias autoridades, entre elas o chefe de gabinete da presidência da Funai, Celso Carelli Mendes, o administrador regional do órgao, José Nilton Bueno, o cacique Dom Quitito Vilhalba e diversos líderes da Aldeia Campestre.
Nesta terça-feira, houve a confirmaçao do acordo, acrescentando que também nao haverá matança de gado para a alimentaçao dos invasores, e o proprietário da fazenda, Pio Queiroz Silva, poderá trabalhar tranqüilamente na propriedade rural com seus empregados. Durante as negociaçoes, foram oferecidos aos 250 índios adultos que estao no imóvel rural uma fazenda com 180 hectares, vizinha da Aldeia Campestre, tratores, sementes, água potável, cestas básicas e lenha, para que eles desocupassem a Fazenda Fronteira, mas nao concordaram, preferindo aguardar a demarcaçao que está sendo realizada pela Funai.
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