O coordenador regional tucano, deputado federal William Dib, afirma que o vereador Admir Ferro é o nome de consenso do partido para a disputa eleitoral, caso não vingue a parceria com o PPS, que terá o deputado deputado estadual Alex Manente (PPS) na cabeça da chapa na corrida pelo Paço de São Bernardo em 2012,

"Ele construiu isso ao longo de sua trajetória no Legislativo, sendo vereador por diversos mandatos e no Executivo quando foi secretário da Educação e Cultura", afirma Dib.

Ao mesmo tempo, o coordenador é favorável à aliança com o PPS, posicionamento que não conta com adesão total entre os tucanos da cidade. "Foi o primeiro partido a aderir à campanha presidencial de José Serra e também integra a base de sustentação do governo Geraldo Alckmin, em São Paulo."

O entrave para a parceria está em alguns integrantes do ninho tucano, como Ferro, presidente do diretório municipal, e o deputado estadual Orlando Morando, que não abrem mão de candidatura própria do partido.

O líder do PSDB na Assembleia Legislativa não quis entrar em polêmica com Dib. "Nunca ouvi frase do deputado nesse aspecto, não cabe a mim contestá-la." Morando descarta a realização de prévias, mas ressalta que serão feitas pesquisas para definir o postulante. "Temos total condição de buscar um candidato de consenso, que em nenhum momento foi pautado. O nome dele (Ferro) está colocado e eu sempre insisti que eu respeito."

Indagado sobre a possibilidade de união com o PPS, Morando foi enfático ao mencionar resolução da direção municipal do PSDB, de candidatura própria do partido. "Qualquer coisa diferente disso é assunto vencido. Se buscamos consenso por candidatura única sem prévias, não dá para discutir outro assunto."

RUSGAS

A definição da aliança com o PPS não foi o único dilema de William Dib em 2011. Em agosto, o deputado foi eleito de forma conturbada coordenador regional do PSDB, quando trocou farpas com o prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB). No pleito, Dib teve apoio dos diretórios de Santo André, Mauá, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

Kiko, com apoio apenas dos diretórios de Rio Grande e Ribeirão Pires, retirou o nome da disputa, pois sabia que a derrota era inevitável. Mesmo assim, resolveu marcar território, indicando dois postulantes de seu grupo político, Edson Lola e Abias Rodrigues para disputar o pleito.

"Não vi nenhuma conturbação, além do que não há que se falar que o meu nome não era um consenso. Me propus a ouvir cada diretório em separado para termos uma noção da situação de cada cidade", disse Dib.

Na época, o comentário nos bastidores era o de que Morando apoiou a candidatura de Kiko para ganhar mais espaço na região.