A oposição não considera mais prioridade um segundo depoimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, informou nesta quinta-feira o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). O parlamentar, no entanto, aconselhou Palocci a apresentar-se espontaneamente à CPI para defender-se das acusações que vêm sendo lançadas contra ele.

"A tática usada por Palocci de se esconder e não aparecer para trabalhar no ministério não melhora a situação dele diante das várias acusações que se sucedem", observou Alvaro Dias, para quem "é triste para um país ver o seu ministro da Fazenda exilado".

Sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, Alvaro Dias estranhou, em entrevista à imprensa, a demora da Caixa Econômica Federal em apresentar explicações cabíveis para o fato, que considera grave.

Para o senador, é necessário que a direção da Caixa apresente urgentes explicações, "até para a preservação da imagem da própria instituição". Alvaro Dias não afastou a hipótese de a responsabilidade pela quebra do sigilo bancário do caseiro estar acima do presidente da Caixa, Jorge Mattoso.

Depoimento – Ficou para a próxima terça-feira o depoimento da vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Clarice Copetti, que estava inicialmente marcado para esta quinta-feira. Copetti solicitou maior espaço de tempo para prestar informações à comissão, o que foi atendido pelos parlamentares da CPI. Os senadores querem saber da funcionária quem teria violado o sigilo bancário do caseiro Nildo.