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Jornais pedem que agentes da CIA não se disfarcem de jornalistas
Das Agências
22/03/2002 | 20:45
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Em um comunicado sobre o repórter Daniel Pearl, assassinado no Paquistão no começo deste ano, os diretores de jornais norte-americanos pediram nesta sexta-feira à Agência de Inteligência dos EUA (CIA) que seus agentes jamais se passem por jornalistas.

"Depois do seqüestro e da morte de Daniel, correspondente do Wall Street Journal, a Associação Norte-americana de Editores de Jornais pediu ao diretor da CIA, George Tenet, que declare claramente que sua política consiste em não utilizar o disfarce de jornalista por seus agentes em nenhuma circunstância", diz o comunicado.

Segundo a associação, que conta com 850 membros, "o anúncio de uma mudança da política é apropriada para assegurar a reputação dos jornalistas de imprensa escrita e a integridade da CIA".

A CIA destacou que essa era sua política há 25, salvo "circunstâncias extraordinárias", que coloquem em perigo a vida dos norte-americanos. "A CIA não se serve de jornalistas em serviços de inteligência, nem se passa por eles", disse a porta-voz da agência, Anya Gilsher.

No entanto, durante uma audiência no Senado em fevereiro em 1996, o então diretor da CIA, John Deutch, mencionou as tais "circunstâncias extraordinárias". "Um exemplo seria o de um jornalista envolvido em uma situação em que terroristas mantêm reféns norte-americanos" ou até "por ter um acesso particular a uma nação com um grupo capaz de utilizar armas de destruição em massa contra os Estados Unidos".




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