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Problemas mecânicos provocam dois pousos forçados de aviões da TAM
Do Diário OnLine
30/08/2002 | 23:16
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Problemas mecânicos foram as causas dos dois pousos forçados registrados nesta sexta-feira no interior de São Paulo com aeronaves do modelo Fokker-100 pertencentes à empresa paulista de aviação comercial TAM. Um vazamento de combustível provocou o pouso forçado ocorrido em Birigüi por volta das 11h. Já a aterrissagem acidental ocorrida em Campinas, por volta das 12h10, foi provocada por problemas no acionamento do trem de pouso. Apenas quatro pessoas ficaram levemente feridas – todas no caso de Birigüi. O Departamento de Aviação Civil (DAC) vai investigar os dois casos.

Birigüi - O primeiro susto envolvendo aviões da TAM nesta sexta-feira foi com o vôo 3804, que saiu de Guarulhos (São Paulo) às 9h48 com destino a Campo Grande (Mato Grosso do Sul), levando 24 passageiros. A TAM afirmou que a nave deixou Guarulhos com combustível suficiente para chegar à capital sul-mato-grossense. Mas o piloto notou problemas com o combustível após uma hora de vôo e avisou que faria um pouso de emergência no aeroporto de Araçatuba. Não houve tempo para chegar ao local pretendido e a aterrissagem teve de ocorrer em uma área rural em Birigüi.

No impacto, o trem de pouso foi arrancado. Também houve danos nas turbinas e na parte traseira da fuselagem. Os passageiros José Jorge Rezende, 47 anos, Mário Valente, 61, Susan Lannes Andrade, 48, e Maria de Fátima Cardoso, 49, sofreram ferimentos leves e foram atendidos no Pronto Socorro de Birigüi. Outras pessoas com crise nervosa também precisaram de ajuda. Uma vaca que pastava na propriedade morreu atropelada pelo avião.

O comandante Madeira confirmou à polícia de Birigüi, em depoimento, que constatou uma perda de combustível na aeronave após uma hora de vôo, embora o marcador do avião não tenha registrado o vazamento. Ele teria ainda pensado em pousar numa rodovia, mas desistiu pelos diversos riscos da operação.

Segundo passageiros e um camponês que presenciou o pouso forçado, o comandante Madeira teve muita habilidade em conseguir aterrissar a nave em segurança, desviando de árvores e fios de alta tensão.

Todos os passageiros foram encaminhados a São José do Rio Preto e seguiram viagem até Campo Grande em um Airbus da companhia.

Campinas - Pouco mais de uma hora depois da ocorrência em Birigüi, novo acidente do tipo foi registrado em Campinas. Outro Fokker-100, desta vez com problemas no trem de pouso, fez uma aterrissagem de barriga na pista do Aeroporto Internacional de Viracopos. A aeronave avariada permaneceu durante todo o dia na pista, o que provocou a interdição do aeroporto.

Depois de constatar o problema, o piloto passou a sobrevoar a região de Campinas para gastar combustível e evitar que, na hora do pouso, houvesse uma explosão. Para receber o avião, o sistema de segurança de Viracopos foi acionado para garantir a aterrissagem. Espuma foi espalhada pela pista para evitar que a aeronave pegasse fogo.

O avião que aterrissou em Campinas fazia o vôo 3499, saído às 8h46 de Salvador (Bahia) com destino a Guarulhos (São Paulo). Havia 42 passageiros e cinco tripulantes. Ninguém ficou ferido.

Aposentadoria - A TAM anunciou em julho deste ano que pretende substituir os 50 Fokker-100 de sua frota pelos jatos Airbus no prazo de cinco anos. Só neste ano, pelo menos dois Fokker-100 seriam aposentados.

Segundo nota oficial da TAM, nenhuma das duas aeronaves acidentadas teve problemas em vôos anteriores.




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