O Brasil conquistou esta quarta-feira a primeira medalha no Mundial de Atletismo, disputado em Paris. A campeã paraolímpica Ádria Rocha Santos, 24 anos, confirmou o favoritismo e sagrou-se campeã mundial dos 200 m para portadores de deficiência visual, estabelecendo novo recorde mundial da classe T12 (até 15% de visão). A brasileira cravou o tempo de 25s22. A prata ficou com a francesa Assia El Hannouni (25s78) e o bronze com a espanhola Purificación Santamarta (26s28). Outra brasileira, Maria José Alves, a Zezé, ficou em quarto lugar (26s30).

Adria melhorou a própria marca, de 25s76, registrada no Mundial de Edmonton, em 2001, no Canadá, e confirmou que é a melhor velocista cega do mundo.

Ouro para Adria, decepção para Elisângela Adriano, que disputou a final do arremesso de peso. A brasileira ficou em nono lugar, com o arremesso de 18m11. A russa Svetlana Krivelyova conquistou o ouro, 20m63 metros, a prata ficou com a bielo-russa Nadezhda Ostapchuk (20m12) e o bronze com a ucraniana Vita Pavlysh (20m08).

O velocista Claudio Roberto Souza se classificou para as quartas-de-final dos 200 m, porém não conseguiu avançar às semifinais. Ele ficou em sexto lugar na segunda série eliminatória, com o tempo de 20s82. A melhor marca foi de Buckland Stéphane, de Ilhas Maurício, com 20s06.

Nesta quinta-feira, entram na pista os brasileiros Marcio Simão de Souza, Redelen Melo dos Santos e Mateus Inocêncio para disputar as eliminatórias dos 110 m com barreiras. Nos 800 m, será a vez do vice-campeão pan-americano Osmar Barbosa dos Santos, que terá de alcançar o tempo de 1m45s para avançar à final, avalia o técnico Luiz Alberto.

Esta quarta-feira, o destaque foi o recorde mundial obtido pelo polonês Robert Korzeniowski, que cravou 3h36min03s na marcha atlética de 50 km, melhorando em 36 segundos a própria marca mundial.