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Palavra de Berezovsky não convence o Timão
08/12/2006 | 22:19
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A situação e a oposição no Corinthians finalmente concordam em alguma coisa: os dois lados duvidam das promessas de Boris Berezovsky, que diz que, daqui a três meses, assumirá o comando do Futebol no clube. “Para quem diz ter US$ 30 bilhões (R$ 63 bilhões), não vejo motivos para esperar mais três meses. O período importante para o futebol de 2007 é agora”, cobra Edgar Soares, o vice-presidente social e coordenador da chapa do presidente Alberto Dualib (Modernidade e Trabalho) para as eleições de janeiro do Conselho Deliberativo.

“Eu já falei que o Corinthians deve ser comandado pela diretoria do clube. O contrato com a MSI não deve tirar o controle do futebol dos corintianos”, repete, constantemente, Andres Sanchez, coordenador da chapa da oposição, a Renovação e Transparência.

Mesmo diante da incredulidade geral no Parque, o empresário Renato Duprat segue em Londres participando de reuniões com Boris. “Eu tenho conversado muito com o Boris. Ele está interessado em ajudar o time a buscar pelo menos dois jogadores importantes. Não chegamos ainda aos nomes. Mas estamos estudando possibilidades. O torcedor corintiano pode ficar esperançoso porque terá um time competitivo”, diz Duprat.

Interessante foi a postura de Duprat em relação a Nilmar. “Eu não sei o que está acontecendo com o jogador. Estamos analisando o que fazer com ele.” Enquanto isso, o empresário de Nilmar, Orlando da Hora, diz que o atleta terá o contrato liberado pela Fifa e poderá se acertar com qualquer outro clube. Na mesma linha da falta de informações, Duprat comenta a situação do meia Carlos Alberto. “O Carlos é atleta do Corinthians. Ele tem a obrigação de se apresentar junto com o elenco após as férias”, esquecendo-se que Leão não o quer mais no time.

Houve festa no clube depois que Boris revelou que Kia Joorabchian não passa de um simples gerente da MSI, que ele não é um investidor da parceria. Dualib e seus assessores só se referem ao iraniano como gerente.

Já a promessa de Boris de construir um estádio virou motivo de piada no Corinthians. Edgar Soares chegou a apresentar um plano de construção de estádio sem custos para o clube. Mas não pôde dar seqüência no projeto porque, por contrato, só a MSI tem o direito de tocar a obra. O projeto está parado.

As declarações de Boris Berezovski chegaram em péssima hora ao Brasil. As duas chapas que brigarão por parte do Conselho Deliberativo começam campanha. A da situação promete a criação do cargo de ombudsman; fim dos dirigentes remunerados; divulgação de balancetes trimestrais; reestruturação do departamento de marketing – não permitindo a exclusividade da agência da neta de Dualib, Carla.



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