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Nossa Caixa é aquisição estratégica para o Banco do Brasil
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
14/11/2008 | 07:00
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Ainda sem novidades quanto à aquisição dos bancos Nossa Caixa e Votorantin, o BB (Banco do Brasil) anuncia seus resultados trimestrais. Nem a crise financeira internacional nem a fusão entre Itau e Unibanco, que tirou o BB da posição de maior instituição financeira no país, parecem abalar os executivos da instituição.

O silêncio quanto às possíveis aquisições é claro. "Não temos qualquer item da negociação concluído", afirma o presidente do Banco do Brasil, Francisco Lima Neto. Embora o Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, tenha recomendado agilidade na operação, o executivo garante que não há pressa. "O Banco do Brasil não está disposto a fazer qualquer coisa para manter a liderança no setor financeiro."

Entre as perspectivas do banco está o crescimento no estado de São Paulo onde, atualmente, o BB responde pelo 4º lugar no número de pontos de atendimento. Tal meta torna ainda mais provável a aquisição da Nossa Caixa, instituição de grande relevância na região que pretende ser abocanhada pela insituição que é, em boa parte, controlada pelo governo federal, seu maior acionista. "Temos uma deficiência no atendimento na região e o crescimento por meio de aquisições é a melhor saída para isso", lembra Lima Neto.

No avanço da trajetória de crescimento, Lima Neto não descarta a expansão orgânica, ou seja, interna. Mas enxerga as dificuldades desse processo. "É impossível um banco deste tamanho crescer apenas orgânicamente", explica ressaltando a necessidade de novas aquisições.

A estratégia não é nova. "Há dois anos já defendíamos o crescimento por meio da compra de novos bancos", aponta Lima Neto. "Nossa atitude é buscar negócios que tenham sinergia com auto sustentabilidade do banco."

Quanto à recomendação do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, de agilidade nas negociações com a Nossa Caixa, o corpo diretivo do Banco não se mostra preocupado. "Não existe determinação para essa ou aquela atitude. Temos observado algumas oportunidades no mercado", lembra o presidente do banco. "A Nossa Caixa é um ativo importante e as negociações continuam acontecendo, mas ainda não podemos falar sobre o assunto."




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