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Vereador tucano questiona verba da Cidade da Criança
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
27/01/2010 | 07:38
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O vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) questiona o investimento de R$ 1,3 milhão aplicado pela Prefeitura na reforma da Cidade da Criança. O parque ficou fechado em 2009 e foi reaberto dia 17, segundo o tucano, em condições inferiores à apresentada em dezembro de 2008, quando foi reinaugurado pela gestão anterior em que era secretário de Educação.

O parlamentar prepara requerimento de informação para ser protocolizado na Câmara - que voltará do recesso dia 3 - para, posteriormente, ser aprovado e encaminhado ao prefeito Luiz Marinho (PT).

Ferro vistoriou o parque no fim de semana e constatou que somente três brinquedos estavam funcionando - entregou há pouco mais de um ano o local com 16 das 18 atrações em atividade.

"Não vi nada de diferente. Não sei onde foi aplicada essa verba de R$ 1,3 milhão. A administração tem de explicar isso", observa o vereador. "Fecharam o espaço sob o argumento de que não havia acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Mas ainda não há. Os elevadores que deixei funcionando não funcionam mais", reclama.

"E também quero saber se teve licitação para investir esse dinheiro. Se não teve, qual o instrumento legal usado para contratação dos serviços?", indaga Admir Ferro. "Quero saber onde, como e por que esses supostos reparos foram feitos", completa.

TRIBUNAL DE CONTAS - O vereador Admir Ferro também critica a postura da Prefeitura de divulgar que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) teria rejeitado os investimentos de R$ 21 milhões na transformação da Cidade da Criança em parque-escola pela gestão anterior, de William Dib (PSDB - 2003 a 2008).

A informação foi veiculada em forma de reportagem no jornal Notícias do Município - órgão oficial de imprensa da cidade - e também consta no panfleto de divulgação do espaço de lazer, entregue aos visitantes.

"Eles mentem oficialmente. Não houve rejeição de contas porque a situação ainda não foi julgada. O que existe é um questionamento corriqueiro do TCE, que deve ser respondido pela administração. Mas também entraremos no caso para prestar as informações necessárias e esclarecer exatamente o que foi realizado", enfatiza o tucano, que avalia os meios jurídicos para "corrigir a mentira".

Um dos apontamentos feitos pelo tribunal é a existência de bilheteria no local, o que caracterizaria que os recursos da Educação foram colocados em lazer, o que seria irregular. "A bilheteria existe porque aos fins de semana a Cidade da Criança seria aberta ao público. E de terça a sexta-feira, os alunos da rede utilizariam o parque-escola como complemento pedagógico gratuitamente", explica.

Procurada, a Prefeitura não comentou o assunto.




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