Uma providência do Paço para contribuir com os vereadores gerou polêmica. Agora, os 21 parlamentares possuem cartão de acesso ao prédio da Prefeitura - com a modernização da entrada, foram instaladas catracas eletrônicas. A controvérsia está no fato de os representantes da população avaliarem que não necessitam ter o passe porque teriam de ter passagem livre a qualquer momento.

Antes dos cartões, alguns vereadores tinham de se apresentar na portaria. Preenchiam ficha como o setor que visitaria, horário de entrada e saída. Agora, esse processo é direto, por iniciativa do governo.

A atribuição dos parlamentares, de fiscalizar serviços e ações da administração pública, é o principal argumento para rejeitar a senha magnética.

"Deram esse crachá, mas eu guardei. Não preciso disso, passo na portinha do lado. Vereador tem de entrar em qualquer lugar público. E outra: nem vou tanto ao Paço", discorreu Ary de Oliveira (PSB).

 "Também quase não vou. Não era necessário. São 21 vereadores, não 500. As pessoas, os funcionários nos conhecem", salienta Admir Ferro (PSDB).

"Nossa prerrogativa é observar, fiscalizar, ver de perto o que está acontecendo na Prefeitura. Somos representantes da população, é nossa função fazer isso. Temos de ingressar em todos os setores", frisou Gilberto França (PMDB).

Tião Mateus (PT) avaliou positivamente a iniciativa de distribuição dos cartões. "É mais para organizar. O espaço passou por modernização, agora tem atendimento ao público, com diversos serviços da Prefeitura ali. É preciso controle para não atrapalhar os serviços prestados", ressaltou o petista.