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Governo diz que houve conivência na rebelião em Bangu I
Do Diário OnLine
12/09/2002 | 18:11
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O governo do Rio de Janeiro determinou nesta quinta-feira o afastamento do diretor de Bangu I, Ricardo Couto, e de mais 13 agentes penitenciários que atuavam na unidade. Para a governadora Bendita da Silva (PT) houve conivência dos funcionários com os presos amotinados.

Como forma de evitar que o problema se repita, o governo anunciou que a unidade de Bangu I não será mais de responsabilidade do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), mas da Secretaria de Segurança. A mudança deve ocorrer de forma gradual.

Além disso, o governo anunciou medidas para a formação de um cadastro dos agentes do Desipe, que deverão apresentar à secretaria cópias da declaração do Imposto de Renda e documentos que atestem a propriedade de seus aparelhos celulares ou bips e de seus automóveis.

Como forma de punir os presos envolvidos na rebelião em Bangu I, Benedita da Silva criou ainda o Regime Disciplinar de Segurança, que restringe a entrega de alimentos e peças de roupas aos presos, proíbe visitas íntimas e suspende as regalias conseguias em outras unidades prisionais.

PT - No início da noite desta quinta-feira, a Executiva regional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota oficial sobre a rebelião na Penitenciária deBangu I. Confira na íntegra o documento:

"1 - A sociedade e suas autoridades democraticamente constituídas não podem transigir com a criminalidade: os governos do PT não fazem e não farão acordo com bandidos;

2 - Os crimes de Bangu I, para além do objetivo de unificar as organizações criminosas, revelam a exasperação daqueles inimigos da vida que têm seus espaços de articulação reduzidos pelas autoridades públicas, empenhadas em combinar rigor com Direitos Humanos, como é marca do governo Benedita da Silva;

3 - Todos os agentes públicos que, desonrando suas funções, estiverem comprovadamente envolvidos em ações delinqüentes devem ser punidos com o peso máximo da lei;

4 - A crise estrutural do sistema penitenciário brasileiro impõe, de imediato, uma radical transformação do nosso modelo judicial, penal e prisional, como amplamente defendido e detalhadamente proposto pelo PT em seu Programa Nacional de Governo.

Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2002"




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