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Negociações no âmbito da OMC têm prioridade, diz Amorim
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
03/08/2005 | 18:31
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou nesta quinta-feira que as negociações que acontecem no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) e acordos com países em desenvolvimento são prioridade para o Brasil. Amorim defendeu o modelo aprovado em Miami como base para a formação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

Após participar da abertura do Seminário sobre Desenvolvimento Econômico com Equidade Social, uma iniciativa do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul, Amorim disse esperar que realmente entre em prática a declaração do secretário do Tesouro norte-americano, John Snow, de que a aprovação do Cafta (Acordo dos Estados Unidos com países da América Central) nessa semana facilitará as negociações para a Alca.

"Que se traduza na prática, porque se para um percentual tão pequeno de exportação, como é o do Cafta, houve tanta dificuldade de aprovação no Congresso, com apenas dois votos a favor na Câmara, eu imagino com a produtividade brasileira e com outros países do Mercosul, como será?", indagou.

Para o ministro, é preciso colocar a Alca de novo nos "trilhos" e para isso é necessário estabelecer um programa. Amorim defendeu que atualmente a prioridade no mundo têm sido as discussões na OMC. "Sem negar a importância da Alca, nós todos estamos concentrados na OMC, porque sem saber o que vai haver em matéria de subsídios agrícolas, o que vai ser eliminado, qual será o grau de diminuição da proteção em agricultura, fica até difícil de conversar sobre Alca, porque fica difícil saber o que vai pedir", afirmou.

O fato de a aprovação do Cafta ter sido por margem pequena de votos, segundo Amorim, não deverá enfraquecer os Estados Unidos na OMC, onde "a teia de interesses é mais complexa". Por isso mesmo, acrescentou, "talvez a administração americana possa mostrar que tem mais a ganhar, então poderá fazer também mais concessões. Certamente é mais do que um acordo puramente regional. Para nós, temas centrais como subsídios agrícolas e antidumping só podem ser discutidos na OMC. Não que não queiramos discutir em outros fóruns, mas são eles que nos dizem que não querem discutir nos fóruns. Então vamos dar prioridade aos fóruns onde podemos obter o que achamos mais importante", disse.




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