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Oposição triunfa na Câmara de Rio Grande

Com apoio de petistas e do líder do governo Maranhão, Messias Cabeleireiro é eleito presidente

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
04/12/2014 | 07:46
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A oposição impôs ontem derrota ao prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), na eleição para a presidência da Câmara para o próximo biênio (2015-2016). Com sete votos, o vereador Manoel Messias Lima, o Messias Cabeleireiro (PV), derrotou a chapa governista, encabeçada por João Batista Dias, o João Mineiro (PTB), e levou o comando da mesa diretora por dois anos.

A estratégia amarrada por Maranhão perdeu força na reta final, com o apoio dado pelo líder do governo, Waldemar Perillo (PSDB), ao bloco oposicionista. O parlamentar ficou descontente com a decisão do chefe do Executivo em indicar João Mineiro à disputa. Além dos votos de Messias e de Perillo, a chapa vitoriosa contou com a adesão dos vereadores Cleson Alves de Sousa, Benedito Araújo, João Batista Anastácio (todos do PT), de Claurício Gonçalves (DEM) e do atual dirigente do Legislativo, Edvaldo Guerra (PV). Os dois primeiros ocuparão os postos de vice-presidente e de terceiro secretário, respectivamente. Perillo será o primeiro secretário, enquanto Claurício, o segundo dirigente.

Do outro lado, João Mineiro teve os votos de Silvio Meneses (PMDB), Ângela de Souza Nunes (SD), Israel Mendonça (PDT) e de Ebio Viana de Oliveira, o Bibinho (PSC). Para abocanhar a vitória, a chapa governista necessitava de sete adesões.

A derrota sofrida por Maranhão, prestes a entrar no penúltimo ano de mandato, põe em risco a governabilidade do tucano junto à Câmara. Sem apoio da maioria dos parlamentares, o chefe do Executivo enfrentará dificuldades para emplacar aprovação de projetos relevantes. Propostas estratégicas, como a LOA (Lei Orçamentária Anual), necessitam da adesão de pelo menos dois terços da Casa, ou nove dos 13 vereadores.

INFERNO ASTRAL
Paralelamente à falta de apoio na Câmara, Maranhão também enfrenta processo de possível expulsão do PSDB. Durante a disputa presidencial, o tucano ignorou a candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e declarou publicamente voto na presidente Dilma Rousseff (PT) por questões de “gratidão aos recursos federais encaminhados à cidade”.

O Conselho de Ética do tucanato estadual classificou a postura do tucano como “falta grave”. Maranhão é o único prefeito do PSDB no Grande ABC. Apesar disso, ele alegou estar tranquilo e externou desejo de permanecer na legenda.




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