Segundo um porta-voz do ministério do Interior, havia poucas possibilidades de Straw divulgar nas próximas 48 horas sua decisao sobre o destino de Pinochet.
``Os médicos questionam o sigilo do informe sobre Pinochet', é a manchete de primeira página do jornal The Times para apresentar a carta que lhes enviou o presidente do comitê de ética da Associaçao de Médicos britânicos (AMB), Michael Wilks.
Em sua carta, o Dr. Wilks estima que o informe em que se baseou Straw para considerar que podia decidir a libertaçao do ex-ditador pode ser comunicado ante um tribunal, pois existem inúmeros precedentes médico-legais para isso.
``No caso do general Pinochet, os especialistas designados pelo ministro do Interior agiram com um caráter forense. Ao pedir-lhes um conceito médico sobre a capacidade do general em resistir a um processo, os informes obtidos devem ser revelados em qualquer procedimento judicial, e o conceito médico rebatido ante um tribunal', assinalou Wilks.
Straw acha que deve obedecer à negativa de Pinochet em revelar as conclusoes dos geriatras e neurologistas que o examinaram em 5 de janeiro passado. Por sua parte, a organizaçao humanitária Anistia Internacional, que lidera a batalha judicial para extraditar Pinochet, acha que a declaraçao do Dr. Wilks ``corrobora amplamente com suas argumentaçoes' ante o ministério do Interior.
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