A batalha do Jaime Cintra na última quarta-feira deixou seqüelas no São Caetano. No empate por 2 a 2 com o Paulista, garantido apenas nos acréscimos depois de a equipe estar perdendo por 2 a 0 até os 40 minutos do segundo tempo, o Azulão levou sete cartões amarelos e um vermelho. Foi a partida mais indisciplinada do time nesse Campeonato Paulista e, como conseqüência, o São Caetano terá dois importantes desfalques para a partida contra o Sertãozinho, neste sábado, às 18h10, no Anacleto Campanella.

O técnico Dorival Júnior não poderá contar com o volante Glaydson (terceiro cartão amarelo) e o meia Canindé (expulso). A tendência é que Marabá entre no lugar de Glaydson.

Já a ausência de Canindé não provocará mudanças no time titular. Nas últimas duas partidas do Azulão, o meia ficou de fora contra o Ituano por causa de dores musculares e diante do Paulista começou no banco de reservas. Mesmo assim, o time perderá força ofensiva. Canindé é o vice-artilheiro do São Caetano no Estadual, com três gols.

“Não há uma uniformidade nos critérios da arbitragem. O Canindé foi expulso por comemorar o gol na torcida adversária, mas contra o Noroeste, quando perdemos por 5 a 2, em todos os cinco gols que eles marcaram os jogadores foram para o alambrado. E não aconteceu nada. Ninguém tomou cartão”, reclamou o técnico Dorival Júnior.

Na súmula, o árbitro Paulo César de Oliveira justificou a expulsão de Canindé por ele “ter corrido para comemorar, pular as placas de publicidade e chegando próximo do alambrado, provocando a torcida adversária”.

O juiz, no entanto, ignorou o fato de os torcedores do Paulista terem atirado diversos objetos no gramado após o gol de Canindé. O TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol), inclusive, pode multar o Paulista de R$ 1 mil a R$ 100 mil ou punir o clube com perda de mando de campo de uma a cinco partidas.