Pouco depois do ataque ao comboio russo, os rebeldes fizeram nova ofensiva, emboscando as tropas de resgate. Os combates duraram várias horas. Apesar dos ataques, o ministro do Interior, Vladimir Rushailo disse que a Rússia nao está perdendo o controle da situaçao.
Três soldados das tropas de elite do ministério do Interior (Omon) morreram nessa emboscada, outros 16 conseguiram escapar e 20 ficaram feridos, segundo a mesma fonte. ``O destino dos outros 33 soldados ainda está sendo investigado', declarou o conselheiro.
Um segundo grupo de 107 soldados, que acudiu para ajudar, também caiu sob fogo dos rebeldes chechenos. ``Os combatentes chechenos os esperavam. Houve cerca de vinte feridos', precisou Iastrjembski.
A zona da emboscada foi isolada pelo exército russo, que está realizando operaçoes de reconhecimento para encontrar os soldados desaparecidos, segundo a mesma fonte. Dos 49 soldados da unidade de elite do ministério do Interior da cidade de Perm (Urais) abatidos na emboscada, 33 continuam desaparecidos, acescentou o responsável.
Ruchailo, pediu a suas tropas, nesta quinta-feira, uma vigilância contínua, enquanto que a sorte dos soldados continuava desconhecida. ``A situaçao na república nao é fácil e necessita de uma vigilância constante por parte das forças federais (...) por causa da continuaçao dos ataques rebeldes', disse Ruchailo.
O grupo de 150 rebeldes autores da emboscada estaria dirigido, segundo as fontes militares, por Ruslan Guelaiev, que liderou os rebeldes que tomaram a localidade de Komsomolskoia (Sul) durante cerca de duas semanas, no início do mês de março, antes de ceder a um ataque com bombas por parte dos russos.
Os militares russos afirmaram ter matado 50 rebeldes no enfrentamento, na madrugada de quinta-feira, perto de Jani-Vedeno, e que continuam eliminando os rebeldes nesta zona com ajuda da aviaçao.
Outro grupo de 400 rebeldes dirigidos pelo comandante Jattab se encontram aparentemente na regiao de Nokhai-Iurt, um pouco mais ao Norte, segundo a agência Interfax.
O general Evgueni Savilov, que dirige as forças aéreas na regiao, reconheceu que os rebeldes conseguiram se reagrupar no Sul da Chechênia, de onde lançam ataques de maneira coordenada.
A reativaçao da açao rebelde contra as forças acontece num momento em que os líderes do Cáucaso, revelaram na quarta-feira, terem servido de intermediários para contatos, desde janeiro, entre as autoridades russas e chechenas. Um representante do Kremlin afirmou que esses contatos aconteceram ``por escrito' e a pedido de Maskhadov.
Até agora, Moscou negou-se qualquer negociaçao com os líderes separatistas.
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