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Setembro registra pior resultado do racionamento
Das Agências
30/09/2001 | 20:50
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O mês de setembro apresentou o pior resultado do racionamento de energia elétrica desde o início do plano, em junho. A economia de consumo no último mês foi a mais baixa em três das quatro regiões atingidas pelo racionamento. Apenas o Norte atingiu a cota de 20%. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a queda no consumo deve fechar o mês com uma economia de 18,6%. No Nordeste, a redução deve atingir apenas 16,4%.

Nos meses anteriores, a redução do consumo no Sudeste e Centro-Oeste atingiu os porcentuais de 19% (junho), 21,7% (julho) e 19,5% (agosto). No Nordeste, o comportamento seguiu a mesma linha: 19,7% (junho), 21% (julho) e 18,9% (agosto).

Apesar dos resultados abaixo da expectativa, integrantes da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGCE) descartam medidas adicionais para tentar reverter o aumento do consumo. A expectativa é contar com chuvas no final de outubro para compensar o gasto extra registrado em setembro. A CGCE fará um balanço dos dados nesta terça-feira.

O maior temor da CGCE atualmente é que o aumento do consumo de energia comprometa ou diminua a promessa de redução da cota do racionamento a partir de dezembro. “É fundamental que as pessoas continuem economizando”, afirmou um integrante da CGCE.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não fechou ainda os cálculos de quanto seria necessário chover para restabelecer o nível dos reservatórios e qual seria o porcentual recomendável de economia, a partir de dezembro. Os dados ainda dependem da entrada efetiva em funcionamento das usinas térmicas e hidrelétricas previstas no Plano de Aumento da Oferta, anunciado pelo governo federal.

Apelo – O fraco desempenho do Nordeste obrigou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) a publicar, no último fim de semana, um comunicado nos jornais e emissoras de tevê da região apelando à população para reduzir o gasto de energia. “Para chegarmos até novembro em situação confortável, sem riscos de apagão na região, é importante a retomada da meta estabelecida para a redução do consumo de energia elétrica”, dizia o comunicado.

O governo continua contando com a possibilidade de um racionamento de apenas 5%, em 2002. Além das chuvas e da economia, outro fator importante será a compra de 4 mil megawatts de energia emergencial no exterior.




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