``Como a causa árabe é uma, a soluçao deveria ser global e compreender todos os aspectos do processo de paz árabe-israelense baseado nas resoluçoes do Conselho de Segurança da ONU', afirmou o jornal do governo Teshrin.

O jornal do partido Baas (no poder), afirmou que para triunfar, os mediadores devem ``forçar Israel a respeitar as resoluçoes da ONU' levando em consideraçao sua retirada de Gola.

``O maior triunfo que os esforços de pacificaçao empregados por chefes de Estado e seus enviados a regiao podem conseguir é estabelecer uma posiçao internacional clara e equilibrada, que denuncie o papel de Israel na sabotagem da paz e obrigue o país a por fim na sua política sangrenta e a respeitar as resoluçoes do Conselho de Segurança da ONU', afirmou o jornal.

O presidente sírio Bachar al-Assad asegurou nesta segunda-feira ao ministro das Relaçoes Exteriores russo, Igor Ivanov, seu apoio a mediaçao russa que prevê o fim da violência e a retomada das negociaçoes, tanto sobre os aspectos israel-palestinos, como os sírio-israelenses.

O alto representante da diplomacia da Uniao Européia, Javier Solana, vai expor assim mesmo suas idéias durante a visita a Damasco nesta quarta-feira. A etapa síria da viagem de Solana será a terceira, depois de ter visitado Israel e territórios palestinos, onde é esperado nesta terça-feira.

A retirada israelense em maio do Sul do Líbano, depois de 22 anos de ocupaçao, pareceu por um momento ter tirado da Síria um objeto de pressao sobre Israel, fazendo com que as negociaçoes estejam congeladas desde janeiro.

A crise atual relembra que Damasco segue desempenhando um papel fundamental na regiao graças a sua influência no Líbano e sobre o Hezbolá xiita libanês, que no sábado passado capturou três soldados israelenses.

Damasco exige a retirada total das Colinas de Gola até a linha existente em junho de 1967, antes da Guerra dos Seis Das, enquanto Israel quer conservar as terras nas margens do lago Tiberíades.

A Síria sempre reclamou uma ``paz global' e denunciou os acordos restritos a países árabes e Israel que, segundo o governo sírio, debilitaram os árabes e acarretaram muitas concessoes ao Estado hebreu.