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Prefeito fala pela primeira vez em eleição plebiscitária
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
20/12/2011 | 07:18
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Mesmo adotando tom moderado para comentar a disputa eleitoral de 2012, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), assumiu pela primeira vez acreditar que o pleito será definido de maneira plebiscitária, de aprovação ou não de seu primeiro mandato. "A tendência, do jeito que está sendo colocada, de fato, é resolver no primeiro turno. Mas eleição é eleição. Temos que trabalhar", disse.

Marinho bateu na tecla de que não pretende "desperdiçar energia" comentando o pleito. "Não estou discutindo eleição ou definindo vice. Isso é para o ano que vem, próximo às convenções", despistou o prefeito.

As movimentações políticas na cidade dão indícios de que o cenário tende a ser o mesmo de 2008, quando PT, PSDB e PPS protagonizam a disputa. Diferente daquele ano, quando o PPS se alinhou ao PT no segundo turno, agora a sigla capitaneada pelo deputado estadual Alex Manente tende a fechar aliança com os tucanos, embora a união ainda não esteja concretizada.

A definição da eleição no primeiro turno, e eventual reeleição de Marinho, aumentaria seu prestígio entre os petistas, principalmente os que o credenciam como possível postulante ao governo estadual em 2014.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, foi cauteloso ao comentar o assunto, mas vê em Marinho o surgimento de outro líder petista. "Nossa preocupação é que ele faça bom governo e se reeleja. Com isso, ele se credencia para outros desafios."

SAIA JUSTA

O prefeito foi diplomático ao comentar a possibilidade de o presidente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), comandar o Paço caso o vice-prefeito Frank Aguiar (PTB) assuma a vaga do correligionário e deputado federal Nelson Marquezelli, que está na mira da Justiça Eleitoral por irregularidades em sua prestação de contas.

Sem vice, se Marinho se afastar do governo durante a campanha para trabalhar a reeleição, Minami assumiria a principal cadeira do Paço. Mas o tucano ficaria impossibilitado de disputar a reeleição de vereador, como determina a legislação eleitoral. "Eu não vou colocar o Minami numa saia justa dessas. Eu posso tranquilamente fazer a campanha sem me afastar (do cargo)."

Embora não vote nos projetos, Minami integra a bancada de oposição na Casa. Manter relação amistosa com o tucano pode evitar aborrecimentos na votação de matérias de interesse do petista. Por isso o prefeito tratou o assunto com cautela, sem se indispor com o presidente do Legislativo.




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