Ao apresentar um levantamento dos seus 100 primeiros dias de governo, Abbas,mais conhecido como Abu Mazen, disse esperar que o parlamento de 85 membros apóie sua solicitação. Ele quer controlar todos os serviços de segurança palestinos, informaram seus assessores.

Segundo responsáveis do Fatah, o movimento de Arafat e Abbas, vários deputados iniciaram nestes últimos dias uma mediação para evitar um confronto entre seus partidários no parlamento. "Estamos trabalhando sem descanso para evitar que o parlamento se transforme em campo de batalha", informou um destes responsáveis que não quis ser identificado.

O conflito entre Arafat e Abbas, número dois da Autoridade Palestina, não está oficialmente na pauta do parlamento, mas os deputados devem evocar a questão e podem pedir um voto de confiança, que poderia levar à dissolução do governo.

Os Estados Unidos avisaram que não tolerarão a queda do governo Abbas e exortaram Arafat, a quem querem isolar, a pôr à disposição de Abbas os instrumentos de segurança sob seu controle.

Abbas controla somente três setores das forças de segurança: a polícia, a defesa civil e a segurança preventiva. Já a força de segurança nacional, composta de 35.000 a 40.000 membros, e outras unidades como a inteligência, a marinha e a polícia de fronteiras, estão sob o controle de Arafat.

Segundo um assessor de Arafat, ele quer conservar suas prerrogativas, mas está disposto a aceitar a decisão do Conselho Legislativo.