O ex-secretário de Governo e homem-forte do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), José Luiz Cassimiro (PT), assumiu ontem, durante sessão ordinária da Câmara de Mauá, cadeira do vereador Paulo Suares (PT) - que se licenciou para comandar Pasta de Finanças.

O retorno do petista - que é 1º suplente do partido e ex-parlamentar - à Câmara não vai durar mais que três sessões. Nos bastidores, comentários arriscam a precisar que a sessão de ontem será única. De acordo com o próprio Cassimiro, se ele não assumisse o mandato perderia a condição de suplente. "Assumi porque é uma obrigação minha, fui convocado", comentou. O retorno dele ao 1º escalão de Oswaldo é certo, visto que a Pasta ainda está sem titular. "Não sei quando retorno e se retorno porque ainda não fiz a discussão", despistou.

Cassimiro se sentou na cadeira de 1º secretário da mesa diretora, antigo assento de Suares, sem ocupar oficialmente a função. Com a saída do parlamentar, a Câmara terá de eleger novo integrante da posição. A placa de identificação com o nome do vereador licenciado permanece no lugar. Fato que indica que o Legislativo aguarda a chegada de Dario Duarte Coelho, 2º suplente do PT, que cumprirá o mandato na ausência de Suares.

À frente da Pasta de Governo, Cassimiro comandou a articulação política dos projetos de lei mais polêmicos - como a terceirização do Hospital Nardini - junto aos vereadores e é visto como homem de poucas palavras. Fato que gerou descontentamento pela falta de informações sobre decisões administrativas de Oswaldo. Apesar disso, o ex-secretário esteve na mesma condição dos vereadores e não foi caçado em plenário. "Sempre tive boa relação com a bancada do PT e com os vereadores, estou tranquilo. Não sofri nenhum constrangimento", disse.

O oposicionista Manoel Lopes (DEM) discursou na tribuna contra o governo e direcionou o discurso à Cassimiro. Os demais vereadores não aproveitaram a situação para cobrar informações do homem-forte de Oswaldo.