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PPS decide ficar neutro na eleição municipal de 2008
Flávia Braz
Do Diário do Grande ABC
14/04/2007 | 07:11
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Fora da frente de batalha. É assim que o PPS de São Caetano pretende permanecer, pelo menos por enquanto. O partido optou pela neutralidade em relação à eleição de 2008. A decisão foi acordada quinta-feira em reunião na executiva municipal, que definiu oficialmente o nome do ex-deputado estadual Marquinho Tortorello como presidente da sigla.

“Vamos continuar nosso trabalho de fortalecimento e na hora certa definiremos o que vamos fazer”, afirmou o dirigente maior da sigla municipal, referindo-se a um possível apoio à reeleição de José Auricchio Júnior (PTB).

No encontro, um militante chegou a propor a permanência de Paulo Azevedo no comando do PPS, além de exigir que o partido declarasse publicamente seu apoio ao prefeito.

Percebendo que não teria quórum suficiente, Marquinho decidiu intervir. “Ele apelou. Disse que se o PPS caminhasse com o Auricchio ficaria fora do partido”, revelou outro filiado militante. “Essa condição dele acabou modificando o resultado a seu favor, por um voto.” Marquinho foi eleito por sete votos contra seis.

O ex-deputado nega que tenha ameaçado deixar a sigla. “Disse apenas que me afastaria da executiva. Meu posicionamento foi de que não está na hora de decidirmos quem apoiaremos no ano que vem. Primeiro temos de fortalecer o partido para ter condição de fazer uma negociata muito mais forte futuramente”, justificou o ex-deputado.

Paulo Azevedo, que nos próximos dias pedirá desfiliação da legenda, defendeu a aproximação com o grupo do prefeito. “O Marquinho argumentou que o partido deveria manter uma postura independente. É um comportamento razoável, mas acho que deveríamos apoiar o José Auricchio Júnior.”

O ex-presidente completou: “Ele (Auricchio) não tem carisma, mas está fazendo um bom trabalho na cidade e precisamos reconhecer.”

Pano de fundo - As duas horas de discussão no diretório do PPS não satisfez os militantes. Alguns questionaram o poder de Marquinho e, principalmente, a neutralidade eleitoral pregada por ele.

Uma ala acredita que a intenção do presidente nada mais é do que “mais uma prova” da existência de uma articulação para lançar a candidatura do presidente da Câmara, Paulo Bottura (PTB), ao Paço em 2008.



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