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Para segurar Lauro, PV sugere oferecer posto regional

Coordenadora afirma que sigla tem ‘obrigação’ de continuar com prefeito de Diadema

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/11/2014 | 07:05
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Nario Barbosa/DGABC


Para tentar segurar seu único prefeito na região nos quadros partidários, o PV buscará abrir espaço para que Lauro Michels exerça função regional, com missão de reestruturar a legenda para a eleição de 2016.

“O PV tem obrigação de estimular e colaborar com o Lauro para que ele seja (liderança) e projete o partido regionalmente. Ele pegou governo de uma cidade complicada. Está tentando remediar o que é possível. Ele pode nos próximos dois anos ter liderança regional”, considerou Vera Motta, atual coordenadora regional da sigla.

Com convites recebidos de PSDB e PSB, principalmente, para buscar reeleição em Diadema, Lauro tem predileção por continuar no PV. Estar em fileiras verdes foi determinante para que o então vereador fugisse do rótulo de tucano, driblasse aversão da população diademense a líderes do PSDB e derrotasse Mário Reali, que buscava reeleição pelo PT e tinha missão de manter legado de 30 anos de gestões petistas ou de políticos criados no PT.

“Marquei conversa com ele para falar sobre isso. Compreendo cotidiano de um prefeito. Tem toda parafernalha de administração na mão para resolver. Mas deve ser tirada essa missão, de reconhecimento da importância dele no Grande ABC. As pessoas vão ficando mais velhas. O PV tem obrigação de se renovar. Faixa de idade de 30 a 40 é a que o PV deve mirar”, emendou Vera.

Na ótica da coordenação regional, passa por Diadema processo de reestruturação partidária, para que o PV consiga lançar bons quadros à vereança em 2016. Em 2012, quatro candidatos a vereador do PV foram eleitos na cidade – Milton Capel, Lúcio Araújo, Márcio da Farmácia e Marcos Michels –, o que contrastou com desempenhos mais modestos, caso de Santo André (só com um vereador, Donizeti Pereira) e São Bernardo (sem cadeiras conquistadas).

ANÁLISE DURA
Vera consentiu que o PV perdeu espaço nos cenários estadual e nacional na eleição, mas contemporizou, dizendo que a sigla resgatou tradição de defender “bandeiras à frente de seu tempo”, como regularização do aborto, criminalização da homofobia e permissão ao casamento em relação homoafetiva. “Nosso ideário ainda continua em choque com a população do Brasil”.

Segundo a coordenadora regional, o PV vai evitar de buscar crescimento sem ideologia, quando, por exemplo, optou pela filiação de Leonel Damo para concorrer à Prefeitura de Mauá em 2004. “Houve crescimento artificial.”
 




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