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Senador Magno Malta nega acordo com Vedoin
21/11/2006 | 23:47
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O senador Magno Malta (PL-ES) negou terça-feira, no Conselho de Ética do Congresso, ter feito acordo com a família Vedoin, principal implicada no escândalo da máfia das ambulâncias, em troca do empréstimo do veículo que utilizava para transportar a sua banda gospel.

Ele, e os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT), foram citados pela CPI dos Sanguessugas como supostos envolvidos com o esquema de aquisição de ambulâncias superfaturadas com emendas do Orçamento da União.

Relator do processo, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO) lembrou que o nome de Malta foi citado na CPI pelo empresário Darci Vendoin, dono da Planam, principal empresa da máfia. “Vedoin pai disse na CPI que tomou um cano de Vossa Excelência. por isso começou a cobrar o carro que tinha lhe emprestado”, afirmou Demóstenes, referindo-se à afirmação do empresário de que teria feito um acordo com o senador para que destinasse emendas à compra de ambulâncias.

Magno Malta disse que não apresentou nenhuma emenda, que não conhecia ninguém da família Vedoin e que recebeu o carro do deputado Lino Rossi (PP-MT), com quem mantinha relações de amizade. “Não há nenhum elemento de prova que possa me envolver”, alegou.

A expectativa do presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), é a de votar os pareceres dos processos dos três senadores nesta quinta-feira. Com isso, restringirá o dia da “pizza” no Senado a apenas um dia, já que a maioria dos membros do conselho deve rejeitar a acusação contra os colegas.

Gedimar – Já os parlamentares da CPI ouviram o depoimento do ex-petista Valdebran Padilha, prestado terça-feira também em Brasília.

O sub-relator da CPI, Fernando Gabeira (PV-RJ), disse ser estranho o fato de Valdebran justificar sua participação na compra do dossiê com base na amizade que manteria com o empresário Luiz Antonio Vedoin. “Essa é a primeira grande contradição. Ele construiu uma história. ”

No depoimento, que durou quase três horas, Valdebran minimizou sua participação no episódio. Ele disse que entrou na negociação somente como “observador” para garantir que o dinheiro fosse pago pelos petistas ‘aloprados’ a Vedoin – de quem diz ser amigo há mais de seis anos.

Valdebran responsabilizou Gedimar e Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, pelas negociações para a compra do dossiê.

O ex-petista também negou saber a origem do dinheiro que seria utilizado para comprar o material antitucano. Disse apenas que recebeu R$ 1 milhão em uma sacola e repassou o dinheiro a Vedoin.Revelou que Gedimar e Expedito ofereceram R$ 2 milhões para comprar o dossiê, mas acabaram conseguindo reunir somente R$ 1,75 milhão. “Foi uma operação tabajara. No final, vimos que um lado não tinha o dinheiro e o outro, não tinha informações.”



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