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Wagner nega discussão para adiar reforma trabalhista
Do Diário OnLine
14/11/2003 | 17:44
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O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, rebateu nesta sexta-feira as declarações do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que disse que o governo estuda adiar as reformas trabalhista e sindical para 2005. Segundo ele, não há orientação do governo para frear essas discussões.

Wagner disse que João Paulo tem absoluta legitimidade como presidente da Câmara para prever como será a tramitação da matéria na Casa, mas se a proposta final tiver o apoio de trabalhadores e empregadores, será enviada ao Legislativo assim que ficar pronta. "Não há por enquanto nenhum entendimento dentro do Executivo que diga para se colocar qualquer tipo de freio", disse.

No entanto, Jaques Wagner reconheceu que o fato de 2004 ser um ano eleitoral, a realização de reforma poderá ser prejudicada, já que os partidos vão estar mais preocupados em eleger os seus candidatos do que aprovar a proposta.

O ministro acrescentou que não teve nenhum diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para estabelecer um calendário diferenciado do imaginado quando começou o Fórum Nacional do Trabalho. O Fórum é a mesa de discussão dos principais pontos da reforma por meio de grupos temáticos.

O ministro também rebateu os ataques do presidente do PDT, Leonel Brizola, de que a reforma trabalhista vai retirar os direitos dos trabalhadores. "Não sei se o presidente do PDT tem bola de cristal. Eu não tenho. A reforma trabalhista não vai retirar direitos", garantiu.

Judiciário - Já o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Francisco Fausto, defendeu que a reforma do Judiciário tenha prioridade sobre a trabalhista e sindical, que devem ser adiadas para 2005, como propôs João Paulo. Segundo Fausto, será muito difícil fazer essas reformas em 2004, por ser um ano eleitoral.




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