"Estou na expectativa de ter quórum que permita votar", informou o líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Ele salientou que no início de agosto também se falava em dificuldades para votaçoes, mas isso nao ocorreu.
Apesar do otimismo de Madeira, o líder do PMDB, maior partido na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), nao pretende convocar a bancada. O próprio Geddel disse que virá a Brasília apenas para uma audiência previamente marcada e retornará ao Estado. "Eu nao estou mobilizando a bancada", avisou, afirmando que a prioridade para os parlamentares é a eleiçao. "Existem compromissos eleitorais inadiáveis e faltam apenas 40 dias para as eleiçoes." Para ele, nao há nenhum assunto que justifique a interrupçao da campanha e o retorno à Câmara.
"Estao todos concentrados nas eleiçoes", concordou o vice-líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA). Ele lembrou que nao basta reunir deputados suficientes para votaçao, mas é preciso negociar muito antes.
"É inaceitável que nao se tenha votaçoes essa semana", afirmou o líder do PT na Câmara, Aloísio Mercadante (SP). Ele estará em Brasília hoje e disse que orientou sua bancada para fazer o mesmo. "Se um parlamentar nao consegue conciliar o mandato com campanha, que peça licença", disse. "Caso contrário, tem que vir votar e respeitar o acordo." O líder petista promete pedir verificaçao nominal de presença para registro dos faltosos. Mercandante acusou o próprio governo de querer esvaziar o Congresso. "É uma estratégia para evitar o debate da crise nacional."
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