Política Titulo Avaliação
Apesar de polêmicas, Minami faz balanço positivo
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
19/12/2011 | 07:21
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Orlando Filho/DGABC


O presidente da Câmara de São Bernardo, Hiroyuki Minami (PSDB), avalia de forma positiva seu primeiro ano à frente da Casa. O tucano destaca que, ao assumir a presidência, tinha como objetivo preparar o Legislativo para 2013, quando o número de parlamentares deve passar dos atuais 21 para 28.

Foi com a justificativa de deixar a Casa apta para acomodar mais parlamentares que o presidente tomou a medida mais questionada: reformar o prédio do Câmara.

Orçada em R$ 28,4 milhões, a intervenção foi alvo constante de críticas dos vereadores governistas, que após tentarem impedir o processo de licitação da obra, buscaram, sem sucesso, criar comissão para fiscalizar a obra. Por fim, Minami indicou Marcelo Lima (PPS), presidente da comissão de fiscalização de contratos e convênios, para acompanhar a reforma, frustrando a empreitada da bancada de situação.

A votação do projeto que criou a autarquia SBCPrev, extinguindo o Fundo de Previdência Municipal, resultou no momento mais tenso da Câmara em 2011. Contrários à mudança, integrantes do Fuprem e do Sindicato dos Servidores Públicos de São Bernardo tumultuaram as duas sessões em que a matéria foi votada. Primeiro, os servidores invadiram o plenário do Teatro Cacilda Becker, impedindo a votação. Na semana seguinte, sob forte esquema de segurança, servidores atiraram moedas nos parlamentares, após a aprovação do projeto.

Outra polêmica que envolveu a gestão de Minami à frente da Câmara foi a criação de fundo de reserva para conceder aumento salarial aos vereadores. Se fosse aprovado, o contracheque dos vereadores passaria de R$ 9,3 mil para R$ 15 mil. Para não ferir a legislação, a mesa diretora depositou a diferença numa conta bancária da Câmara. Mas a dúvida sobre a validade ou não do aumento na atual legislatura persistiu, o fundo acumulado com cerca de R$ 1 milhão será devolvido à Prefeitura.

"A Casa se consolidou como Parlamento independente, recebemos várias manifestações democráticas, desde protestos a sessões solenes. Sempre estivemos abertos à manifestação da sociedade", considerou Minami.

PRODUTIVIDADE

Em meio às polêmicas, foram realizadas 42 sessões ordinárias. A Câmara avaliou 35 projetos de lei de autoria dos vereadores, aprovando 23. O Executivo encaminhou 66 projetos de lei, sendo 60 aprovados. Os vereadores ainda fizeram 8.220 indicações à Prefeitura e apresentaram 677 requerimentos de informação ao Paço, sendo 290 aprovados.




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