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IPI zero deve reaquecer venda de caminhões
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
10/01/2009 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


A redução do IPI de caminhões de 5% para zero, que entrou em vigor dia 18 de dezembro, e a melhora no acesso ao crédito neste mês, devem contribuir para uma reação nas vendas do segmento no início deste ano, após uma forte retração no último trimestre de 2008.

O mercado de veículos de carga registrou queda de vendas de 6,4% em dezembro frente a igual mês de 2007 e baixa de 10,8% em relação a novembro último, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Mesmo com o declínio no final do ano, o setor fechou 2008 com números recordes - alta de 23,9% em unidades vendidas e 22,2% em produção frente a 2007. No entanto, a crise internacional desaqueceu a economia a partir de outubro e mexeu com a confiança de empresários e consumidores.

Segundo o gerente de vendas da rede autorizada Mercedes-Benz Itatiaia, Douglas Zampieri, a partir de outubro, a demanda encolheu e o crédito também desapareceu. "A desistência de pedidos para nós no último trimestre chegou a 60%", disse.

Outros representantes do setor citam que o último mês do ano tradicionalmente já é mais fraco e dificuldades para implementar rapidamente o benefício fiscal atrapalharam. Além do fator sazonal, o benefício do IPI ocorreu em um momento em que a montadora estava entrando em férias coletivas, o que dificultou a troca da fatura (por outra com valor menor) com a fabricante.

O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, vê boas perspectivas também por conta da melhora do acesso ao crédito. Os bancos voltaram a financiar 100% pela linha Finame (de máquinas e equipamentos), por exemplo.

"Nossa venda para o varejo deve aumentar uns 40% frente a dezembro", disse o gerente da Itatiaia, embora ele ressalte que o movimento deve ficar abaixo de janeiro de 2008.

A reação nas vendas de automóveis, que já ocorreu em dezembro, também permite um aumento de confiança do transportador. "O serviço havia caído muito, mas nessa virada de ano melhorou e fiquei um pouco mais confiante", afirmou o diretor do Sindicato Nacional dos Cegonheiros, Márcio Galdino, que têm dois caminhões para o transporte de automóveis.




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