Em discurso de meia hora que encerrou a Conferência de Paz de Haia, Annan citou os numerosos conflitos na Africa e defendeu uma paz rápida e justa para a ``horrenda' violência nos Bálcas. Disse, porém, que nem todos os delitos podem ser castigados e que o objetivo de uma ``justiça perfeita' nao deve impedir as gestoes de paz. ``No final deste século, o flagelo da guerra voltou com fúria renovada ao continente que fez duas guerras mundiais', disse Annan a oito mil representantes internacionais. ``Nesta década, presenciamos na antiga Iugoslávia cenas de violência que a Europa acreditava ter deixado para trás para sempre'.
Kosovo e os bombardeios da Otan foram o foco do debate entre os participantes da conferência, dentre os quais estavam representantes de governos, prêmios Nobel da paz, funcionários das Naçoes Unidas e grupos de voluntários em Haia. A conferência começou na quarta-feira e terminou neste sábado.
Annan está na Holanda para uma visita de três dias relacionada à crise de Kosovo, que inclui reunioes com o primeiro-ministro Wim Kok e a rainha Beatriz, e para celebrar o centenário de uma conferência de paz realizada em Haia em 1899. O secretário-geral se encontrou ontem com o presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari, que, segundo Annan, pode ser nomeado enviado da Otan em Kosovo. Mas Annan e Ahtisaari disseram à imprensa que nao têm planos imediatos de ir a Belgrado.
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