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Para Chávez, EUA não devem aderir a Amigos da Venezuela
Da AFP
15/01/2003 | 15:45
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estima que os Estados Unidos não devem participar da reunião dos líderes latino-americanos, nesta quarta-feira em Quito, para discutir a criação de um Grupo de Países Amigos que ajudem a Organização dos Estados Americanos (OEA) a encontrar uma saída para a crise de seu país.

"Vamos nos reunir esta tarde com Lula, com Lucio Gutiérrez e com Fidel (Castro)", acrescentou o presidente venezuelano, ovacionado por simpatizantes que se concentraram nos arredores de um luxuoso hotel, ao Norte de Quito.

O secretário-geral da OEA, César Gaviria, encontrou-se particularmente na noite de terça-feira com o enviado especial do conselho de segurança nacional dos Estados Unidos para América Latina, Otto Reich, que, segundo um funcionário do governo americano, tem a missão de participar das conversações sobre a Venezuela em Quito.

A posição dos Estados Unidos em torno da proposta do Brasil gerou inquietação na região. No começo, Washington se manifestou contra por considerar que poderia levar a "dispersar" os esforços da OEA, mas em seguida anunciou a mudança de opinião.

Chávez, que enfrenta uma greve geral de 45 dias, ressaltou o apoio da América Latina e a importância da reunião na qual Lula vai apresentar sua iniciativa do Grupo de Países Amigos, porque, disse, "desejamos derrotar os subversivos da Venezuela".

"O povo venezuelano não está só, é preciso olhar além da Venezuela, porque na medida em que as lutas pela justiça vão se aprofundando no continente, vamos ter que nos aliar aos amigos da democracia, para lutar contra o fascismo, as oligarquias e as forças obscuras que pretendem levar nossos povos à tirania", afirmou Chávez, assediado pela imprensa.

"Há pessoas que associam a subversão à extrema-esquerda e na Venezula é ligada à extrema-direita. Na Venezuela não há uma greve, o que há é uma subversão de extrema-direita, das elites econômicas, da elite da mídia, de todos os poderosos, de uma elite sindical corrupta", acrescentou.

Lula e Chávez se dirigiram ao hotel em meio a um impressionante dispositivo de segurança a partir da base militar do aeroporto Mariscal Sucre, e depois partiram para a sede do congresso para a cerimônia da posse. Na entrada do hotel, Lula e Chávez se abraçaram e trocaram breves palavras de saudação.

Estão também presentes à posse de Lucio Gutiérrez o presidente cubano Fidel Castro, e os presidentes Alvaro Uribe (Colômbia), Ricardo Lagos (Chile), Alejandro Toledo (Peru) e Gonzalo Sánchez de Lozada (Bolívia).




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