O mau humor em relação aos projetos de mineração começou a crescer diante da ausência de recuperação dos preços, que continuam abaixo do patamar de US$ 80 a tonelada. Somado a isso, as instituições financeiras passaram a divulgar perspectiva difícil para o insumo. O Citi divulgou nesta semana que prevê que no terceiro trimestre de 2015, uma tonelada de minério de ferro passe a custar US$ 65 no mercado à vista chinês, caindo em seguida para US$ 50.
O maior foco no minério de ferro levou a Gerdau a dedicar um espaço para sua operação em mineração, com olhos na estratégia de aumento da produção. A Gerdau projeta uma capacidade de 18 milhões de toneladas de minério de ferro em 2016 e de 24 milhões de toneladas em 2020, ante as 11,5 milhões atuais. Mas essas metas estão próximas de mudar. Na semana passada, a companhia admitiu que com a atual situação do mercado global o ritmo de execução dos investimentos em mineração está sendo revisado.
A Usiminas, que tem na pasta um projeto para ampliar a sua produção de minério de ferro, disse que vai aguardar antes de decidir levar o programa adiante. Entre as siderúrgicas brasileiras, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a única com logística integrada. A companhia aumentou suas vendas no terceiro trimestre em 1% na relação anual, mas sua receita líquida de mineração apresentou forte queda. A CSN admitiu que pode reduzir seus investimentos para tentar amenizar sua alavancagem, ponto analisado com preocupação por analistas de mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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