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'Operação Ciclone' prende nove pessoas ligadas ao tráfico
Do Diário OnLine
31/03/2004 | 20:07
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Uma ação denominada 'Operação Ciclone', comandada pela Cinpol (Coordenadoria de Inteligência da Policial), resultou nesta quarta-feira na prisão de nove pessoas ligadas ao tráfico de drogas nos Estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e São Paulo.

De acordo com informações da Rádio CBN, a quadrilha era especializada na comercialização de maconha. O entorpecente era de origem paraguaia e entrava no Brasil pelo município de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Já em solo brasileiro, a droga seguia para São Paulo e era distribuída para os demais Estados. Caminhões realizavam o transporte por terra do material.

O suposto chefe da quadrilha, o empresário Rogério Azambuja, está foragido. No saguão de um hotel em São Paulo foi preso Valdecir Raimundo Gomes do Prado, empresário de Campo Grande (MS). Ele estaria na companhia de Azambuja, que conseguiu fugir do local e é procurado pela polícia. Com Prado foram encontrados R$ 40 mil em dinheiro.

Em São Luís, capital do Maranhão, outro 'cabeça' do grupo foi preso. Douglas Lafayete Julião, sócio de Azambuja e dono da All Street Casa de Câmbio e Turismo, foi detido com aproximadamente R$ 20 mil. Já em Ponta Porã, o despachante Aral Matoso foi preso. Ele seria o responsável pelas movimentações financeiras da quadrilha.

No Morro do Jacarezinho, outras três pessoas foram presas. O traficante Roberto Carlos Gomes, conhecido como Neném, seria o responsável pela distribuição da maconha no Rio de Janeiro. A esposa do traficante, identificada como Suene Souza Alcântara, também foi detida. O terceiro preso foi o estudante universitário Alexandre Ungarett Nassif, suposto responsável pela comercialização da droga por meio de um 'Disque-Droga'. Ele foi abordado em seu apartamento, no bairro do Flamengo (RJ).

Os outros três presos na 'Operação Ciclone' foram abordados em um sítio em Saquarema, região dos lagos do Rio de Janeiro. No local estava o empresário Roberto Bina Cartier, considerado principal distribuidor. Com ele estavam dois homens: João Batista Henriques e Sérgio Fernandez Gonçalves.

Os oficiais que participaram da ação apreenderam computadores e documentos para aprofundar as investigações e descobrir a quantidade de maconha que era movimentada. Informações iniciais dão conta que em apenas um mês, o Rio recebeu cerca de 20 toneladas de drogas. Cerca de 220 kg de maconha foram apreendidos no Estado carioca.

As investigações em cima da quadrilha já duram seis meses. De acordo com a polícia, cerca de 320 horas de gravações telefônicas permitidas pela Justiça Federal foram efetuadas.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, a operação foi um grande sucesso, já que atingiu os "três níveis" do comércio de entorpecentes (empresários, compradores e distribuidores). Para ele, esta é uma das principais quadrilhas especializada em tráfico de maconha do Brasil. "A operação apenas começou. Agora, vem o trabalho de investigação que vai dar conta de toda a dimensão do tamanho dessa quadrilha e de suas ramificações no crime organizado", afirmou o secretário.




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