A Apple anunciou nesta segunda-feira a venda de seu milionésimo telefone celular iPhone neste fim de semana, pouco mais de dois meses após o lançamento do modelo.

Quarta-feira passada, o grupo reduziu o preço do aparelho em um terço, de US$ 599 para US$ 399.

"Um milhão de iPhones vendidos em 74 dias, depois de termos precisado de dois anos para atingir esta medida com o tocador de música iPod", comemorou o presidente da Apple, Steve Jobs, citado em um comunicado.

A Apple fixou inicialmente como meta vender 10 milhões do iPhone até o fim de 2008.

Os mercados, com medo de as vendas não chegarem à barreira do milhão, da aparente desaceleração das vendas e da possibilidade de queda nas margens da Apple com o iPhone, derrubaram a ação da Apple na semana passada: queda de mais de 10% entre quarta e sexta-feira, após a alta de 45% desde o anúncio em janeiro do lançamento do iPhone.

Mas na manhã desta segunda-feira, o anúncio da venda do milionésimo iPhone elevou a ação em Nova York: abriu em alta de 3,08%, a US$ 135,83.

O iPhone, lançado em 29 de junho nos Estados Unidos, deve ser lançado neste outono na Europa e, no início de 2008, na Ásia. Segundo o gabinete iSuppli, devem ser vendidos 4,5 milhões de aparelhos até o fim de 2007, devido às festas de fim de ano.

Vender um milhão de aparelhos em dois meses é um bom negócio, principalmente num único país, mas não chega a ser um recorde do high-tech ou da telefonia.

Várias novidades bateram recorde no mercado recentemente, em particular o console de jogos Wii, lançado entre fim de novembro e começo de dezembro no mundo, e que vendeu em um mês e meio mais de 3 milhões de exemplares, aproveitando-se do "boom" do Natal.

O telefone multifunções de alta categoria "Chocolate" do grupo sul-coreano LG, um dos modelos concorrentes do iPhone, vendeu 10 milhões de unidades, entre seu lançamento mundial no início de 2006 e a primavera 2007 (Hemisfério Norte).