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Região concentra profissões inusitadas
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
09/11/2008 | 07:13
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Nário Barbosa/DGABC


Números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) mostram que o Brasil gerou 2,452 milhões de postos de trabalho em 2007.

Mesmo com as turbulências no cenário econômico internacional e as incertezas do mercado nacional, as perspectivas de geração de vagas são positivas.

Em 2008 o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê o recorde de criação de vagas.

Os índices animadores também podem ser compreendidos pela versatilidade do povo brasileiro. Mesmo quem não tem um emprego com carteira assinada tenta encontrar soluções para ganhar a vida.

E quando os caminhos da vida profissional não seguem o rumo desejado, muitos trabalhadores acabam caindo em ramos inusitados e peculiares do mercado de trabalho.

É o caso da advogada Marli Ribeiro, que depois de seis anos exercendo a profissão sem conseguir o sucesso desejado jogou tudo para o alto e decidiu dar uma guinada profissional. "Passei meses pensando em uma atividade que fosse lucrativa e ao mesmo tempo prazerosa", conta. Há quatro anos ela se dedica a passear com cachorros. "Algumas pessoas não acreditam que uma pessoa com instrução universitária exerce uma função desta", comenta, "mas sou muito feliz com o que faço e ainda ganho mais com esta atividade, sem contar que tenho mais tempo para me dedicar aos meus dois filhos", conclui.

Trabalhos inusitados em sua maioria não são planejados. "Nenhuma criança deseja ser observador de radar", conta Antônio, como prefere ser chamado por medo de se identificar.

Há um ano ele passa oito horas do dia observando um radar móvel. "Fico cuidando para que ninguém danifique o aparelho", explica. Temeroso, ele não revela a profissão aos amigos. "Todos odeiam o ‘cara' que cuida do radar", conta.

Em contrapartida há pessoas que desfrutam do emprego dos sonhos. Quem nunca se imaginou em uma fábrica de chocolates? Para David Frico, esta é a realidade. Ele trabalha como provador de chocolates. "Sou formado em gastronomia e fiz um curso de especialização na Suíça. Atualmente auxilio empresas do ramo a acertarem o ponto do bom chocolate", conta, "mas depois de três anos nesta profissão, confesso que prefiro não ganhar chocolate na época da Páscoa", brinca.




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