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Ministro indiano critica Brasil e pede desculpas a Amorim
03/10/2008 | 07:53
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Como gesto para desanuviar as relações Brasil-Índia, o ministro indiano de Comércio, Kamal Nath, desculpou-se com o chanceler Celso Amorim pelas menções que fez ao Brasil em carta enviada ao diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy.

Nath acusou o Brasil de barganhar sua posição nas negociações agrícolas pelo acesso do etanol brasileiro aos mercados americano e europeu.

O ministro indiano adotou um discurso afinado com as propostas de seu interlocutor ao defender o reforço do G20, que é liderado justamente pelo Brasil e pela Índia.

Amorim relatou que Nath afirmou que não acusaria o Brasil na carta, e que apenas mencionara ligeiramente o País no seu texto de três páginas.

Como freqüentemente acontece em casos como esse, o ministro indiano preferiu culpar a imprensa por ter pinçado a menção e a interpretado como uma acusação. Na carta, entretanto, Nath insinuara que o Brasil havia abandonado o interesse dos seus aliados emergentes para negociar uma cota mais ampla para o etanol nos Estados Unidos e na Europa.

"Não barganhamos nada. A criação de cotas nem sequer é a saída preferida para nós", rebateu o embaixador Roberto Azevêdo, chefe da missão do Brasil na OMC.

Ao conversar com Nath, Amorim preferiu dar o assunto por encerrado. Com a frieza necessária para não atrapalhar ainda mais a incerta Rodada Doha e a expectativa de que sejam fechados em Genebra os acertos essenciais para a convocação de uma reunião ministerial da OMC, o chanceler aceitou os argumentos do indiano.




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