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TRW investe US$ 4,6 mi em Mauá
Alessandra Ber
Da Redaçao
29/05/1999 | 20:35
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A TRW está investindo US$ 4,6 milhoes na unidade de Mauá para ampliar a linha de produçao de direçao hidráulica para veículos comerciais leves e pesados. Em 12 meses, a empresa chegará a produzir 300 sistemas/dia. Hoje, a produçao diária desse setor é de 180 sistemas/dia. De acordo com o diretor de marketing da empresa, Sergio Castione Veinert, a ampliaçao da produçao será destinada ao fornecimento do mercado norte-americano. "Os EUA têm a previsao de um mercado de 17 milhoes de veículos neste ano. Com isso, a capacidade de produçao desses sistemas na unidade de lá fica saturada. Vamos suprir essa demanda, principalmente pelo custo de produçao que ficou reduzido depois da desvalorizaçao do real", afirmou.  

A TRW fornecerá diretamente aos clientes, mas poderá também prover a unidade com componentes e fornecê-los para fabricantes brasileiros que exportem.  

A verba está sendo usada na compra de novos equipamentos, mas por enquanto nao há definiçao sobre a possibilidade de aumento do número de turnos - hoje sao três - nem de contrataçoes. Apesar disso, o diretor de recursos humanos, Luiz Augusto Maia Espada, destacou que há uma forte tendência de efetivaçao dos 65 trabalhadores que serao contratados em caráter temporário na unidade. 

Mercado de reposiçao - Apesar de as unidades da TRW no Brasil e na Argentina sempre terem atuado no segmento de reposiçao, enquanto as plantas de outros países deixaram o setor há oito anos - com a venda das operaçoes para a Federal Mogul -, esse direcionamento será fortalecido com a operaçao da Freios Varga. A Varga pertence ao grupo Lucas Varity, adquirido no início do mês pela TRW. Com essa compra, o grupo TRW internacional está se desfazendo da unidade de motores (Lucas Diesel, em Cotia) e das unidades de válvulas, o que inclui as plantas de Santo André e Três Coraçoes, em Minas Gerais, para equilibrar o caixa do grupo. Segundo Veinert, o mercado de reposiçao representa 15% do faturamento da empresa no país, onde possui oito unidades. O diretor destaca que é uma fatia de mercado difícil pela excessiva competitividade, na qual é preciso margem mínima de lucratividade. 

Conjuntura - Para Veinert, apesar de o setor de autopeças ter sentido uma recente melhora nos negócios - ocasionada pelo acordo emergencial do setor automotivo, renovado na semana passada -, é preciso uma "agenda positiva" para elevar a produçao. "A capacidade de produçao existe, fortalecida pela vinda de novas montadoras, mas é preciso incentivo, com a reduçao dos impostos, o que sempre funcionou para vender carro", disse Veinert. "Se a indústria fosse desafiada a fazer 3 milhoes de carros, tenho certeza de que faria", disse Veinert, deixando a intençao de desafio no ar.




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